Resolvi fazer para o aniversário da Luana e mandamos ver em 1 quilo de farinha. O resultado foram quase 100 capelettis. Tá certo que desisti no final, porque ia dar muito mais. E acabei usando a massa para rondelli e Ravioli di gema (veja aqui).
Portanto, a receita abaixo vai ser considerada para o que foi utilizado apenas no capeletti. E a ideia foi seguir a linha vegetariana com recheio de espinafre, ricota e amêndoas torradas.
Ingredientes
Para massa
7 ovos
700g de farinha
Azeite, pimenta do reino e sal a gosto
Para o recheio
1 maço de espinafre
400g de ricota
100g de amêndoas torradas e moídas
Para o Caldo
½ talo de salsão
2 cenouras
1 cebola grande
2 litros de água
3 cravos da índia
5 grãos de pimenta do reino
Preparando o recheio
Ferva o espinafre até a água começar a ficar verde. Retire e pique na ponta da faca. Brincadeira. Só fique sem frescura.
Como o recheio é de ricota, precisamos fazer o negócio ficar saboroso. Nada contra o queijo 😉
Refogue cebola e alho no azeite e acrescente o espinafre. Coloquei noz moscada e pimenta do reino. Retire e deixe esfriar.
Misture com a ricota e as amendoas torradas e já moídas.
Como montei
Abri a massa na máquina e fiz os cortes circulares com uma xícara. Inclua o recheio e obre em ½ lua e uma as duas pontas grudando com água. Deixe secar e pode guardar na geladeira ou congelar.
E o Caldo?
Aqui, a chefa da casa entrou em ação!
Ela preparou o caldo como qualquer outra sopa, ou seja, muito amor, e, neste caso, respeitando o salsão mais do que eu. A receita que buscamos era de 1 talo. Colocamos ½ para não arriscar e ficou na medida.
Corte a cebola em quatro partes, as cenouras e o salsão em pedaços grandes. Coloque tudo na panela com a água e, assim que ferver, deixe cozinhando em fogo baixo por 30 minutos. Retire todos os legumes, coe e fique apenas com o caldo.
Acrescente o capeletti e deixe cozinhar por pouco tempo, algo em torno de 10/15 minutos, para não correr o risco de desmanchar.
Sirva com salsinha fresca e queijo ralado grana padano mais caro do mundo. Se não der, pode ser qualquer parmesão de boa qualidade.
Dicas:
– No Mercadão de São Paulo tem um Uruguaio que é excelente e barato, algo em torno de R$ 60 o kilo.
– É complicado para dar a liga neste recheio. Sugestão? Coloque um iogurte natural, grego, requeijão…só para a mistura ficar mais homogênea.
– Com os legumes que sobraram, bata no liquidificador com água e faça uma nova sopa.
Essa eu peguei na Revista Prazeres da Mesa e resolvi testar se era boa mesmo a receita. O segredo está no controle da quantidade de Matchá (chá verde). E troquei a farinha de trigo por farinha de arroz. Tá estranho? O equilíbrio vem com a calda de cocô. É uma boa opção para sobremesas geladas!
Ingredientes
A Massa
100 g de açúcar
75 g de farinha
25 g de matchá
20 ml de água (eu fui controlando, para dar a liga com o matchá)
20 ml de óleo
4 ovos
Manteiga e farinha de trigo para untar as forminhas
Calda de coco
150 g de coco fresco ralado
150 g de açúcar
500 ml de leite de coco
500 ml de leite (usei metade e foi o suficiente)
Como eu fiz
Massa
Bati as claras em neve e reservei. Dissolvi o matchá (se só tiver chá verde, moa bem) com água e reservei.
Enquanto isso, pegue as gemas com o açúcar (usei o demerara). Quando dobrar quase de volume vá colocando o óleo e continue batendo. Agora é hora de colocar o matchá, a farinha de trigo. Aqui eu fiz com Farinha de Arroz, porque estamos cortando o glúten.
Para finalizar, misture as claras de neve, com bastante cuidado e mexendo devagar. Reserve.
Calda de coco
Em uma panela deixe reduzir a 1/3 todos os ingredientes. Como fiz tudo junto, depois de pronto, coloquei para esfriar em uma imersão de água com gelo.
Para Montar
Usei uma forma de pudim untada com manteiga e farinha. Ao desenformar, despeja a calda de coco. Coloquei umas duas/três horas na geladeira.
Enquanto fazia essa receita aqui, de Caldo de Capeletti, vi que a gente iria ficar o dia inteiro fazendo capeletti para uma festa e nosso almoço iria ficar na saudade. A solução foi aproveitar a massa pronta e partir para essa receita que, vou te falar, para quem gosta de ovo, é um espetáculo. E a salvia crocante feita na manteiga, pqp. Por isso que a receita tem que dividir os méritos entre a gema e a Salvia.
Ingredientes
Massa
Sempre 1 ovo para cada 100g de farinha. (200g dá e sobra para um casal)
Abri a massa com 10cm de largura e coloquei um punhado do recheio de espinafre com ricota, fazendo uma covinha no meio. Abra um ovo cru e coloque ali. Faça isso com espaço suficiente para dobrar a massa e fechá-la com um garfo ou com a ajuda de água nas pontas.
O Preparo
Ferva uma panela com água e um pouco de sal e coloque um Ravioli por vez. Quando der 3 minutos, retire e deixe escorrer a água da massa. Esse tempo é o suficiente para cozinhar um pouco o ovo e ao mesmo tempo manter a gema mole.
O molho
Em uma frigideira, esquente uma colher generosa de manteiga e coloque as folhas de salvia. Deixe ficar bem escurinha, para ficar crocante. Despeje sobre o raviolli.
A minha receita preferida, por enquanto. Apesar de que a Pizza de Abobrinha é foda.
Vamos lá. Visitando o Sítio Sassafraz, em Itupeva, conheci a banana Pacovan, uma espécie de banana da terra. Cada uma pesava ½ quilo.
O interessante é que o Nhoque de Banana não é cozido, mas sim frito e, combinado com as folhas de couve e a farofa de bacon, encontra um equilíbrio perfeito.
Ingredientes
(para 4 pessoas)
2 bananas Pacovan (aproximadamente 1kg)
5 fatias de bacon
Folhas de couve
1/2 xícara (chá) de amido de milho
1 xícara de queijo meia cura ralado (pode ser parmesão, se preferir, mas é mais forte)
Azeite, pimenta do reino e sal a gosto e na hora que eu explicar abaixo
Hora da banana
Coloca em forno pré-aquecido por uns 15 minutos. Com casca, mesmo. Assim que ela ficar preta e macia por dentro (espeta o garfo). Tire e reserve para esfriar.
Bata no mixer junto com o amido de milho já dissolvido com um pouco de água.
Coloca numa panela para refogar e acrescente sal, a pimenta do reino e o queijo. Assim que ficar homogêneo e der para ver o fundo da panela, pode desligar e deixar esfriar.
A outra turma
Pegue um prato, coloque umas duas folhas de guardanapo, ponha as fatias de bacon em cima e cubra com mais duas folhas de guardanapo. No micro-ondas, deixe uns 2 ou 3 minutos até ficarem bem sequinhos. Retire e moa. Deixa num canto longe de todo mundo.
Lave a couve e corte sem os talos. Pode ser grosseiramente. Ela você pode deixar à vista.
Fritando todos
Agora é o desafio. A massa é um pouco grudenta, portanto pegue farinha de trigo para ajudar a fazer os rolinhos de nhoque. Vá montando as cobrinhas e fazendo os cortes no tamanho ideal para ficar bonito na foto.
Tudo pronto é hora de esquentar uma frigideira com azeite e fritar os nhoques. A hora que der uma tostatinha, retire e coloque num prato.
Faça o mesmo procedimento com a couve. E vá acrescentando o nhoque para unir os aromas. Testa o sal e a pimenta.
Hora do Selfie
Retire da frigideira a quantidade desejada do nhoque com couve e coloque em um prato. Pegue o bacon escondido, salpique, chama a turma para dividir o vinho e bom apetite!
Dica
– Se não encontrar a banana Pacovan, pode ser a tradicional “Da Terra”.
– Para quem é vegetariano, pode trocar a farofa de bacon por um tofu defumado. Alguém sabe fazer?
Existe na vida a possibilidade de acreditar em estórias e torná-las reais. Nos primeiros acordes do show dos Replicantes no Psicodália 2016, gosto de pensar que os organizadores escolheram a dedo a banda como atração principal para a abertura do Festival neste ano. Aquele impacto necessário para você esquecer o que vivenciava há pouco no portão a fora. Refrões como “é mentira, é mentira”, “governo facista” e “eu quero uma festa punk” te convidam a esquecer os problemas e hipocrisias da vida moderna para entrar numa viagem ao tempo com harmonia, respeito e reflexão, com direito uma festa para todos.
A movimentação nos campings não para um minuto. Sempre alguém chega e encontra seu espaço para barracas. Local tem de sobra. No Camping Mutantes a organização era impecável, com separação de quadras com valas para, caso a chuva resolvesse aparecer como em 2015, houvesse um local para a água correr.
O dia virou. Desta vez o sol dá às caras com muita força, inclusive. Mas agora é hora do café e nossa cozinha precisa ser montada, com fogareiro, armário e mesa. Essa é a nossa opção, preparar a própria comida com os nossos equipamentos. Você também pode escolher utilizar uma das cozinhas comunitárias ou então o café no próprio refeitório a preços acessíveis. Bom dia!
A nossa escolha nesta ediçãoNosso cantinho
Das 6h às 13h o silêncio predomina no Psicodália, a não ser por um ou outro refrão compartilhado pelos caminhos entre as barracas, pelo clássico grito de “Wagneeerrr”, que diz a lenda do cara ter sumido e nunca mais aparecido (veja esse vídeo aqui de 2009, ainda em São Martinho-SC. Hoje o Festival acontece em Rio Negrinho, também em SC) ou então pelo som da Rádio Kombi.
É dia cheio. De aproveitar o festival à sua maneira: nadar no lago, praticar algum esporte como slackline, futebol de golzinho, participar das várias oficinas de arte e meio ambiente, fazer compra nas tendas, assistir às peças de teatro e aos filmes na tenda de cinema ou então pegar a trilha de 40 minutos e visitar a cachoeira para um banho renovador.
Dois palcos fazem parte do Festival: o do Sol funciona das 13h às 21h (e volta às atividades a partir das 3h com o nome de Palco dos Guerreiros) e o Lunar, com os principais shows das 21h às 3h. O esperado do sábado é Nação Zumbi.
Para quem já havia ido a um show deles avisa: prepare-se para a ‘pedrada’. Mas antes tínhamos uma tarde dividindo espaço próximo ao Palco do Sol para curtir Velho Hippie e A Banda Mais Bonita da Cidade. O gostoso do festival é isso: sentar, conversar, conhecer novas bandas e perceber o quanto o Sul do Brasil é forte na cena musical do rock.
Em 2015 tivemos grandes shows. Veja relato aqui. Muitos – se não a maioria – levam a pegada psicodélica/progressiva, como os setentistas Terreno Baldio, com uma apresentação impecável abrindo a noite do Palco Lunar. Neste ano, Nação Zumbi veio para valer a viagem de 10 horas de SP até a Fazenda Evaristo. Com as letras do eterno gênio Chico Science, nos faz relembrar de que precisamos buscar pela justiça, viver com respeito, independentemente da razão de cada um, e aproveitar cada momento com diversão. Detalhe: 3 sons no BIS, com direito a Praieira.
Diversão de sobra com o pessoal do “Francisco El Hombre”, banda com uma energia presente do começo ao fim no seu show no Palco dos Guerreiros. Os caras tocam um ao lado do outro um som, curiosamente definido pela Clara Caldeira neste excelente texto da Hypeness aqui.
Para fechar a noite com mais som, você pode continuar ainda pelo Palco dos Guerreiros ou se mandar para o Saloon, restaurante que vira espaço para dançar ao som de discotecagem com LP. E cada um, na sua!
A arte presente por todos os ladosA arte das oficinasMais arte, agora do grafitte
A arte inclusive em nossa barracaE até nos latões de lixoMais um resultado de Oficina – de Compostagem
#:-SPelo Psicodália, escolha o seu caminhoCaminhando por aíVárias lojinhas, inclusive a Hype Brasil com umas camisas bem legaisA área de alimentação e acesso ao Palco LivreRola uma mercearia para necessidades básicasA tarde ao lado do Palco do Sol
Espaço para todos se expressaremNão dá nem para acreditar os “vôos”
A caminhada vale a pena
Liberdade
Terreno Baldio
Nação Zumbi
Vinil de Respeito
Fomos surpreendidos por uma vasta coleção de vinil. Era uma das oficinas. Você ia até um local e trocava ideia com o ? (porque não perguntamos o nome do cara?!). Lá, ficava rolando o som e você conversava sobre os discos, seja a capa, a gravação, o estúdio, as participações especiais, enfim, era “só” isso a oficina. E a graça está nisso. Das situações que parecem ser mais simples, são as que te surpreendem em cada etapa. Eu, por exemplo, conheci a cantora “Cláudia”, com seu som groove e voz forte. Já estou em busca para a aquisição do LP “Pássaro Emigrante”.
Houveram outros momentos de oficina como a de aquarela e também a sessão de cinema de Charles Chaplin acompanhada por um pianista ao vivo. Sensacional a sincronia deste cara tocando sobre um gramado.
Voltando ao LP, conhecemos o disco Blindagem, deste grupo curitibano surgido no final dos anos 70 que, por coincidência, tocaria naquele dia abrindo o Palco Lunar às 19h. Aliás, os caras também tocaram no antológico Festival de Águas Claras. (o Terreno Baldio também se apresentou neste importante festival, que poderia ter uma nova edição!?)
Mas a noite estava reservada para esses vovôs do rock and roll, Steppenwolf. Um show bom, equilibrado, sem grandes surpresas e empolgações da galera. E, claro, com o hino das estradas “Born to be Wild”.
Violetas de Outono
Antes dos shows da noite, uma passada na tenda de Cinema, ao som ao vivo de pianoA arte oficial ao lado do Palco Lunar
Uma pequena seleção de imagens das nossas noites (permitidas)
Muito prazer, Steppenwolf
Como explicar
A segunda-feira amanheceu calma. E o que se ouvia em um canto e em outro, aumentou a intensidade. Grupos de amigos tocando suas músicas entre as barracas. A trilha sonora dos campings com sua animação particular reflete o espírito deste festival, de livre acesso, respeito mútuo, alegria constante e energia compartilhada.
O que dizer de energia em um dia que teríamos o show de Elza Soares que, com quase 80 anos, lança um disco de rock, politizado, e se encaixando perfeitamente à proposta do Psicodália. Então como explicar a amigos que você foi a um show da Elza Soares e considerou um dos melhores de rock que viu nos últimos tempos?!
Elza fez (re) surgir aquela vontade de viver e lutar pela igualdade, de fim das injustiças, na mesma temperatura que Nação Zumbi havia proclamado há dois dias, apenas sentada respaldada por uma excelente banda e um show performático.
Antes, a tarde, a expectativa era pelo show do O Berço, grupo de MG, que toca um rock folk com letras em português. Já havia ouvido antes e valeu a pena curtir a tarde ao som desses caras, simples, que após ao show, sentaram ao nosso lado, abriram uma maleta para vender os CD´s como forma de garantir uma renda para a banda. E ainda compartilharam uma cachaça e algumas histórias. O interessante é que eles também vivenciaram o Psicodália, acamparam por lá.
E é bom lembrar do show dos cearenses do Cidadão Instigado, liderado pelo guitarrista Fernando Catatau. Muito bom
Os músicos anônimos entre barracas
Mais arte e momentos Psicodália
O Berço
Cidadão Instigado
Porque voltaremos
Por mim, o Psicodália aconteceria em Jundiaí-SP. A terça-feira acaba sendo aquele dia de despedida. É mais cansativo, afinal teremos 600km pela frente. Para esse tipo de público, como eu, acho que a organização poderia pensar em antecipar os horários de alguns shows.
Ficamos para ver Nana Vasconcelos, às 20h. “O cara” da percussão mundial fez valer a pena com um show energético. Ele convida a participar de quase todas músicas e cria melodia com instrumentos que talvez nunca tenha visto.
Corpo e mente em total sintonia e equilibrados é hora de pegar estrada e refletir sobre o porquê de não termos descoberto o Psicodália antes (o festival está em sua 19ª edição). Mas com a certeza de que voltaremos, quem sabe para shows como Jorge Mautner, Tutti Frutti, Caetano Veloso (tocando Transa) Made in Brazil, Tropicália, Bechior, Flaviola, Lula Cortes & Zé Ramalho (tocando Paêbirú), e de novo Ave Sangria, Tom Zé, Alceu Valença e Casa das Máquinas…e, quem sabe, os internacionais do Greatful Dead e ZZ TOP.