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Estrada Real: Caminho dos Diamantes – out/16

Dois mil quilômetros separaram o início da viagem às 4h da madrugada de sábado, 8 de outubro de 2016, às 16h do domingo posterior, entre Jundiaí e Diamantina, um dos principais berços da exploração do ouro no século XVIII, em Minas Gerais, no nosso Brasil. O foco é a Estrada Real e a opção foi o Caminho dos Diamantes que liga até Ouro Preto.

Berço do ex-presidente da república Juscelino Kubitschek e de Francisca da Silva de Oliveira, a Chica da Silva, Diamantina está localizada no declive da Serra Santo Antônio, no Vale do Jequitinhonha, e fica a aproximadamente 290 km de Belo Horizonte. É tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) desde 1938 e, em dezembro de 1999, foi consagrada com o título de Patrimônio Histórico da Humanidade, outorgado pela UNESCO.

Como era de se esperar, Minas nos recebeu com hospitalidade, boas comidas, as super na moda cervejas artesanais, paisagens exclusivas e, claro, muita história. Antes de tudo, um mínimo de planejamento com a pesquisa no site recomendadíssimo do Instituto Estrada Real e o cadastro para retirada do Passaporte para garantir o Certificado ao final. Vamos?

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Diamantina

Esse foi o primeiro impacto com a arquitetura secular característica das cidades que compõe o trajeto da Estrada Real. Um dia pela cidade é o suficiente para conhecer as igrejas e atrativos culturais. Ainda assim, você conseguirá encontrar tempo para visitar a Vila de Biribiri e suas cachoeiras.

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Falando em história, a recomendação é visitar a Casa de JK, local onde o ex-presidente Juscelino Kubitschek viveu por 16 anos. Além de um acervo rico em quadros e documentos de sua trajetória, os cômodos representam a realidade da época: o quarto, com sua escrivaninha e cadeira que ele passava horas por dia estudando medicina, uma lamparina e a cama; a cozinha, arejada com diversas janelas e fogão à lenha, características marcante do povo mineiro; e sua jabuticabeira, no quintal. Mas o melhor estava por vir.

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A Casa de JK é uma propriedade de Serafim Jardim, amigo e antigo secretário de JK. Ele construiu um anexo nos fundos da casa, com biblioteca para pesquisas, reproduziu o consultório médico de JK e possui a sua própria sala, servindo de anfitrião, enfim, uma lenda viva para compartilhar bons e duvidosos momentos da vida do ex-presidente, inclusive está em busca de uma resposta mais plausível sobre a morte de JK. Veja mais no livro “Juscelino Kubistchek, Onde está a verdade

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Outro atrativo é o Passadiço e Casa da Glória, local que já foi residência dos intendentes e depois passou a funcionar como orfanato e escola femininos, dirigidos pelas freiras da Ordem de São Vicente de Paulo. O Passadiço é uma espécie de passarela sobre a rua, que liga a uma outra casa, e tinha a principal finalidade evitar que as internas circulassem pela rua. Pelo local,  vale a pena separar um tempinho para ouvir histórias gravadas e disponíveis em áudio de algumas dessas mulheres. E também fotografar um antigo fogão de ferro, que veio desmontado da Europa e hoje acredita-se ser impossível de tirá-lo dali.

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Para fechar, Museu do Diamante, com acervo da exploração de diamantes dos séculos XVII e XIX. É interessante, porém faltam informações complementares. Caso você ainda vá passar por Ouro Preto, deixe para fazer esse passeio no Museu do Inconfidentes, que é bem mais completo. A foto abaixo é de imagens sacras, que eram moduláveis. Em uma outra parede havia pernas, braços…e eram montados os santos de acordo com a necessidade.

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Sugiro uma pesquisa quando o assunto for igrejas em Minas Gerais. A quantidade é absurda e, com certeza seu tempo estará limitado e terá de fazer escolhas. Na Igreja de Nosso Senhor do Bonfim dos Militares, a visita guiada conta que apenas os de Alta Patente podiam frequentar as missas, que em rezadas em latim por mais de quatro horas, em pé.

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Já a Igreja Nossa Senhora do Rosário foi construída pelos negros, sempre a noite escondido dos ‘seus senhores’. Resultado: falta de esquadro com paredes tortas, porém com uma acústica diferenciada.

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Com o check nos atrativos culturais, históricos e religiosos, passeie com calma pelas ruas da cidade. Cada detalhe pode valer fotos ou momentos para apreciar os grandes casarões de séculos passados. A cidade de Diamantina possui diversos restaurantes e lojinhas, porém bem pacata. Em um domingo, poucos lugares estavam abertos após às 18h, parecendo muito mais uma cidade comum à turística. Diferentemente desta tranquilidade, foi o sábado, dia da Vesperata!

A tradicional festa popular do século XIX tem uma releitura datada de 1998 para explorar o potencial cultural de Diamantina na conquista título de Patrimônio Cultural da Humanidade. Músicos do Batalhão da Polícia Militar e da Banda Mirim da cidade ficam nas sacadas dos casarões tocando sob a regência de maestros, que se revezam em um tablado localizado no centro da rua. Você pode garantir uma mesa para 4 pessoas (160 reais no total) e usar os serviços de um dos restaurantes no entorno. Tudo acontece na Rua da Direita e, caso sua opção não seja pagar por isso, é possível ficar em pé, em volta do espaço reservado.

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Aproveitando que estamos falando da vida social, vamos para a gastronômica. Ao caminhar pelas ruas de Diamantina, pare nas barracas das quitandeiras para comprar os doces e escolher um restaurante para provar o Frango ao Molho Pardo. Nossa opção foi na Vila de Biribiri. Optamos pelo Restaurante do Adilson e, infelizmente, estava sem sabor. No local também tem o do Raimundo Sem Braço.

Foi nesta pequena vila a 12 km de Diamantina, fundada em 1876 para abrigar uma indústria têxtil (hoje, abandonada), que conhecemos algumas cachoeiras. A dos Cristais foi o nosso primeiro banho da Estrada Real, com um poço bacana para nadar. Vale a pena.

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Missão cumprida e algumas dicas adicionais sobre Diamantina.

  • Lembre-se de carimbar o passaporte. São vários locais em todo o Caminho. Vale a pena levar a lista completa disponível neste link, na seção: Pontos de Carimbo.
  • Optamos pela hospedagem via Airbnb e conhecemos o Flávio. Ele nos deixou a vontade e, além de uma casa arejada, moderna e bem localizada, tem uma cachorrinha chamada Catarina que, por pouco, não veio com a gente.
  • A Agência de Turismo Minhas Gerais é responsável pela venda dos ingressos da Vesperata. Quem tem interesse, reserve com antecedência. Conseguimos comprar de última hora por sorte de uma desistência.

Próximo destino: São Gonçalo do Rio das Pedras.

Antes, parada imperdível na Gruta do Salitre, a 9km de Diamantina. Uma formação rochosa de quartzito em meio a vegetação de cerrado com cânion, fendas e paredões de até 80 metros de altura. Se o sol não estiver logo acima (por volta das 12h), bem ao centro do interior da gruta, olhe para cima e verá que as rochas formam o mapa do Brasil, com o céu ao fundo. A visita é aberta e você precisará sair 3km da Estrada Real.

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Após a Gruta, você passará pelo vilarejo de Vau e pela ponte sobre o Rio Jequitinhonha, construída no século XVIII.

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São Gonçalo do Rio das Pedras é um pequeno vilarejo com cachoeiras e o bar do Ademil, uma espécie de mercearia que também serve refeições e é ponto de parada para o carimbo do Passaporte. Recebemos a recomendação de visitar a cachoeira da Grota Seca, mas a estrada é ruim e, em determinado momento, não conseguimos subir mais e voltamos.

De lá, partimos para a encantadora Milho Verde.Diferentemente do que a maioria pode acreditar, o nome deste distrito de Serro não tem nada a ver com o alimento. A lenda conta que um nobre que colonizou o local tinha esse sobrenome e acabou sendo incorporado. Mas o que importa são muitas outras coisas.

Começando pelo casal Thais e Diogo, que abriram sua deliciosa casa pelo Airbnb (agora está com paredes roxa) e nos recepcionou do melhor padrão amor-mineiro-de-ser. Antes de compartilhar vivência com eles que ficará marcada pelo resto da vida, fomos em busca de uma cachoeira. Paramos na do Moinho (onde foi gravada a minissérie A Cura), mas estava um pouco baixa de água. Optamos por ficar na do Carijó, com um poção para chamar de nosso em plena segunda-feira.

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O almo-janta rolou na Pousada e Restaurante Milho Verde, próximo das 16h, e a Dona Maria, apesar de estar quase fechando a cozinha, preparou um frango com quiabo. Na medida! Pelo vilarejo, próximo da Igreja Nossa Senhora dos Rosários, em uma casinha de esquina com uma plaquinha de Quitanda, procure a Dona Geralda e leve algumas rosquinhas doces feitas de rapadura. De volta na Igreja, aproveite o pôr do sol de um lado e a Serra do Espinhaço, do outro.

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Os anfitriões da noite estão em Milho Verde há pouco tempo e deixaram Montes Claros em busca de qualidade de vida. A casa é um cuidado só, com o espaço reservado do Home Office e o restante acessível para todos, com cozinha e fogão a lenha, horta e varandinha charmosa. Fiquem atentos, pois eles estavam com novidades de uma hamburgueria 🙂

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Para carimbar o passaporte em Milho Verde, vá até a Pousada do Morais. Tudo é muito fácil de achar, pois o local é pequeno. Próximo destino: Serro.

Importante: muito se fala da visita até a cachoeira do Tempo Perdido. Para chegar até lá, você precisa sair da Estrada Real e caminhar bons quilômetros até um vilarejo. Todos ali conhecem a cachoeira. Nossa sugestão é que, por mais que a cachoeira seja bonita, com um bom poço para nadar e areia branquinha, o clima que o suposto proprietário proporciona não vale a pena. Isso porque, antes de chegar na entrada da fazenda, você é abordado por crianças cobrando a entrada por pessoa (R$ 10,00), porém você continua o caminho pela estrada de terra (ainda em local público) até chegar a porteira. Quando realmente está na propriedade, é obrigado a pagar mais R$ 10,00 por carro. Talvez o valor seja o de menos, mas a arrogância do tal de Renato na cobrança se faz desnecessária.

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Já em Serro, cidade conhecida como Terra do Queijo, Patrimônio Imaterial do Brasil em 2008, vale a visita aos arredores da Igreja de Santa Rita para fazer uma foto panorâmica da cidade e de seu escadão considerável.

Fica a dica para o restaurante Serrano, bem próximo desta igreja. Também na mesma rua você encontrará o empório Casa da Roça para, claro, levar vários queijos. O curado é bem forte, lembrando até um parmesão. Tem a opção do frescal, também. Para fechar Serro, carimbe na Secretaria de Turismo em frente da Prefeitura.

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Não ficamos na cidade para pernoitar, mas acredito que vale a pena uma noite, se tiver tempo.

A próxima parada foi em Mato Grosso, outro distrito de Serro, e onde fica a Cachoeira da Pedra Lisa, com entrada gratuita e por onde você passa por um alambique.

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Mais um distrito de Serro, Capelinha, é conhecida como Vila Fantasma, porque fica praticamente o ano todo sem ninguém e, durante o Jubileu (julho) o local volta a ser povoado, com a festa religiosa durante alguns dias. A visita vale a pena, para lembrar daqueles filmes de faroeste, que o ator chega a uma cidadezinha vazia e de repente aparece alguém olhando pelas frestas da janela…E também vá até um portão no lado direito da igrejinha, ao fundo, que dá acesso a uma pedreira e um mirante 🙂

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Para pernoitar escolhemos a cidade de Conceição de Mato Dentro, principalmente por causa da Cachoeira do Tabuleiro.

Vamos começar pela hospedagem. Ficamos na Pousada Serra Velha, próximo ao centro, com uma boa estrutura em um sobradinho só nosso. Porém, com o tempo curto, você pode optar por um local próximo da Cachoeira, isso porque o Tabuleiro fica a 19km do centro (cerca de 30 minutos). Tem, inclusive, um vilarejo que lembra praia e é bem bonito. Vimos até pessoal acampando. Aproveite a cidade de Conceição do Mato Dentro para fazer algum abastecimento maior da sua viagem, já que tem um supermercado bacana. E o local de carimbo é no Delicias Daqui, uma espécie de padaria, na Av. JK, próximo ao pirulito.

A Cachoeira do Tabuleiro foi a mais impactante da viagem. Talvez a trilha difícil com tempo médio de 1h/1h30, tenha ajudado na recompensa e sensação de prazer. Com 273 de altura, sua queda praticamente desaparece quando chega até o poção. E põe poção nisso. É muito grande. É a cachoeira mais alta de Minas Gerais e a terceira do Brasil.

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Outro atrativo de Conceição do Mato Dentro é o Salão das Pedras, um parque municipal (um mirante de acesso livre) na Serra do Espinhaço.

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Itaponhoacanga é nosso próximo destino. Agora leia devagar: Ita ponha a canga. Paramos para perguntar a moradores que disseram ser uma referência a uma índia.

Daqui para a frente começamos a optar os locais que realmente dariam tempo para ficar e curtir. Tinha muitos quilômetros pela frente. Em Ita, pegamos o carimbo na pousada Fogo e Sereno e seguimos para Tapera, também só para pegar o carimbo, na Mercearia do Cruzeiro. O mesmo aconteceu por Morro do Pilar, Itambé do Mato Dentro, Ipoema e Cocais, até chegar a Mariana.

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Mariana merece, pelo menos, um dia completo. Como era noite quando chegamos, fomos atrás de um restaurante na pracinha do centro, chamado Rancho. Muito saborosos os pratos e bem servido, como tudo em MG.

Com o roteiro em mãos, acordamos e fomos fazer o Centro Histórico. Pausa para a clássica foto das igrejas São Francisco de Assis e Nossa Senhora do Carmo com o pelourinho. Aproveite para fotografar a parte interna da Nossa Senhora do Carmo, uma das poucas que permite da parte interna. Bem ao lado está a Casa da Câmara que já foi cadeia. Vale a visita, principalmente para ver uma reprodução de um Plenário da Câmara.

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Outra igreja que vale a visita é a São Pedro dos Cléricos, que você pode subir até os sinos e ter uma vista de toda a cidade de Mariana. Para fechar o Centro Histórico, uma passagem pelo Museu da Música, com uma breve e importante introdução da guia do local. Apesar de pequeno, o Museu tem bastante história e está com partes do Orgão da Sé (que está desmontado aguardando a restauração da Catedral, para voltar as atividades. O Orgão é o único fora da Europa que ainda funciona, construído no século XVIII na Alemanha por Arp Schnitger).

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Para quem busca conhecer uma mina aproveite Mariana para visitar a Mina da Passagem. Para adentrá-la, você desce 120 metros em um trolley (espécie de carrinho sobre trilhos) em uma visita guiada e muito bem paga os R$ 60 por pessoa. Dentro, caminha-se por mais de 300 metros e há a possibilidade de mergulho em um lago. Mas o real mergulho são sobre as histórias de toda a exploração do ouro, a diferença sobre o Ouro de Tolo, as vidas que se passaram por ali, as lendas.

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As opções de hospedagem são variadas. Nossa escolha era para um quarto para quatro pessoas com valor acessível e de preferência próxima ao centro. Escolhemos a Pousada do Chafariz.

Enfim, 10 carimbos depois, Ouro Preto e a garantia do Certificado do Caminho dos Diamantes.

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A cidade é a união de todas as outras que visitamos na última semana, com grandes proporções. É um museu ao céu aberto, com casas identificadas por placas que contam um pouco da história do local.

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A Praça Tiradentes é o ponto de partida para você escolher o que deseja conhecer na cidade. É nela que fica o Museu da Inconfidência, parada obrigatória para conhecer a história mineira. São 18 salas com rico acervo da exploração do ouro, de peças de artistas como Aleijadinho e itens que representavam os costumes da época. Tire 1 horinha para isso, no mínimo.

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Próximo está o Largo do Coimbra, com a feira permanente de pedra sabão. Até às 18h um mundão de barraquinhas vendem imagens religiosas, peças decorativas e utensílios domésticos, entre outros produtos.

Mas vamos falar de igrejas. Se você for religioso, divirta-se. Se você quer conhece apenas a história, opte, porque senão vai deixar uma boa graninha (média de R$ 10 por igreja), sem contar o tempo. A mais surpreendente foi a Matriz Nossa Senhora do Pilar, com muito ouro. E a Paróquia Nossa Senhora da Conceirão, onde hoje está o Museu Aleijadinho.

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Buscar um dos mirantes é um passeio para entrar na lista. Se quiser encarar as ladeiras, a vontade. Fomos de carro. E a vista é aquela clássica de Ouro Preto e o Pico Itacolomi ao fundo.

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Resolvemos conhecer a Mina de Chico Rei, mas não se compara a da Passagem, em Mariana. Só um adendo ao personagem e um breve resumo…”um negro alforriado que utilizava o ouro dessa mina para comprar escravos e dar-lhes a liberdade. Esse é o motivo da mina ser estreita e de pouca altura, ela foi cavada a mão com ferramentas precárias”. Nesta, você vai a pé, sendo guiado por uma corda com lâmpadas acessas e sem muita coisa para ver. Pelo preço que se paga, R$ 20, o mínimo que poderia ter era um guia. Nem vale a pena. Pega o carro ou algum pacote e vá visitar Mariana.

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À noite as opções são variadas para comer e beber. Fomos conhecer a lojinha de fábrica da Cervejaria Ouropretana, no bairro do Rosário, é possível de ir a pé, partindo do Centro. Como fecha às 21h, pode ser um bom esquenta se quiser curtir outro local com música ao vivo, por exemplo.

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A hospedagem em Ouro Preto também foi um passeio pela história. Nós escolhemos a Hospedaria Antiga, com grandes portas e janelas, pisos de madeira, e uma fechadura bem interessante.

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13 distritos formam Ouro Preto e conseguimos visitar um deles. São Bartolomeu tem a igreja que leva o nome do vilarejo e possui um sino de 300 anos de madeira, que era utilizado pelos mineradores para avisar Ouro Preto (a vila) a enviarem mais tropas e mula para carregamento da mina de ouro quando a produção crescia.

Mas o destaque fica para dois personagens. O Vicente Tijolo tem uma doceria e um doce sorriso. Aproveite para comprar seu doce de leite ou goiabada cascão feito na forma de preparar tijolo (daí vem o apelido). Ou então algumas peculiaridades, como a mostarda de jabuticaba, ou o pescadinho, um doce de leite mergulhado no chocolate.

Quem a gente conheceu também foi o Todinho, que nos apresentou o vilarejo e contou histórias sobre o Rio das Velhas, que desemboca no Rio São Francisco, falou sobre a época do garimpo, aluvião e a descoberta das ruínas das minas de ouro. Ele que tem o carimbo para seu passaporte.

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Talvez não tenhamos visto nem a metade que o Caminho dos Diamantes possa oferecer. Mas a essência da história foi possível de ser percebida e absorvida. A convivência com os mineiros, das histórias de pessoas que conhecemos pelo caminho fazem-nos mudar um pouco, pensando em um mundo melhor, de gente mais positiva e sincera. Minas Gerais, voltaremos!

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Acabou? Não!

No caminho de volta, paramos em Congonhas, para ver as obras de Aleijadinho. São 12 esculturas em pedra sabão de profetas na Basílica de Bom Jesus de Matosinhos.

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Fechamos a viagem em Tiradentes. Com pouco tempo, a conclusão é que é uma cidade boêmia, com vida noturna agitada com várias opções de restaurantes e bares, e também bastante lojinhas. A gente fechou a noite com um blues!

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Fim, por enquanto 😉

Publicado por

Rodrigo Góes

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