Itaúnas: o encanto das dunas capixabas – dez/16

Nossa viagem no final de 2016 tem como primeira parada oficial a vila de Itaúnas (para ver outros destinos desta viagem, clique no link ao final do texto). Na BR-101 Norte, você sairá da rodovia com sentido a Conceição da Barra e, após 14km, pega o acesso de estrada de terra em perfeita condição por 20km.

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A vilinha é toda de chão batido, com muitas opções de gastronomia e hospedagem. A sorte estava ao nosso lado ao conhecer a Pousada Gajiru, com quartos a R$ 120 o casal, com café da manhã, ar-condicionado e piscina. Era 24 de dezembro e ficaríamos até dia 27. Durante todo esse período, só havia a gente na pousada. Inclusive a noite, nem os funcionários.

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Trouxemos um pequeno fogareiro de camping, comprado no Mercado Livre a R$ 39,90 + R$ 19,90 do gás (Decatlon). Ralamos a abobrinha em tiras, esquentamos água e misturamos por 30 segundos. Antes disso,faça um refogado de cebola, alho, tomate, salsinha e salvia. Mistura e você tem uma saudável, saborosa e barata ceia de natal de Spaguetti de Abobrinha, na pousada para chamar só de sua!

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Em Itaúnas, há vários acessos para a praia a partir da vila. Você pode ir de carro ou a pé até a entrada das dunas, parar do lado esquerdo (o direito é proibido). São apenas 500m. E nada de levar muita coisa para carregar, porque a duna é curta, mas íngreme.

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Ao final da subida da duna a imagem que você verá representa mais beleza do que a própria praia. Uma mistura das areias da duna nos próximos 200m, a vegetação, o quiosque e o mar verde ao fundo emolduram uma lembrança para toda a vida.

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A praia é extensa, com pouca faixa de areia, mar de tombo bastante agitado. O jeito é curtir o forró dos quiosques, para tomar uma cerveja a R$ 7 o latão e comer uma porção de camarão por R$ 40. Se quiser, sente na areia e espere o tempo passar!

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Forró, aliás, é o que predomina em Itaúnas, já conhecida pelo Festival Nacional que acontece em julho e atrai 40 mil pessoas. Pelas ruas da Vila não faltam opções de bares para dançar a partir das 18h, assim como há uma variedade de opções gastronômicas. Inclusive, em setembro, acontece o Festival Gastronômico.

Pelos restaurantes é possível comer a tradicional moqueca capixaba, ou então o Piadina – pão típico italiano, crepes, lanches de hambúrguer artesanal no Graxa, hot dog prensado com o pão cortado de forma inversa (!) a R$ 10, sorvetes light, diet e diferentes na Fioretto a R$ 3 ou uma simples refeição no Cantinho do Serti a R$ 25, com arroz, feijão, salada, farofa e peixe para duas pessoas. O Cantinho fica bem ao lado do Cizinha, um restaurante de esquina perto da igreja e sempre movimentado. Nesta mesma rua, para dentro do bairro, tem a cervejaria Tortura. Peça pela Summer Ale, uma combinação de refrescância e cerveja forte, a R$ 16 no próprio bar, sem taxa.

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Casinha de Aventuras é uma empresa de esportes, que aluga bike a R$ 40 o dia. De bicicleta é uma das opções recomendadas para chegar a Riacho Doce, praia a 16km de Itaúnas e 1ª praia da Bahia. Ou seja, você atravessa o estado de bike \o/

O trecho de estrada batida é bem tranquilo e pode ser feito de carro, se quiser. Pelo caminho, encontram-se várias placas bem humoradas, colocadas pela Pousada do Celsão, como: “não desista”, “devagar, doido”, “travessia de formigas”, “atenção, curvas da Elisa Lucinda”, e assim vai.

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Ao chegar na Pousada, conversando com a esposa dele – Mara, as placas foram colocadas porque há 16 anos, quando vieram parar ali, também se perderam. A Pousada e Restaurante do Celsão está na parte alta da praia, com uma opção de estacionamento. Há uma trilha que te leva até a praia.

Riacho Doce tem um rio (ó), que geralmente liga ao mar. Em dez/16, não, mas deu para aproveitar e tirar o sal do mar. Ao lado, tem o Quiosque da Cida, que orgulhosamente se intitula como o 1° Bar da Bahia. Justo. Uma cerveja latão sai por R$ 8, a porção de peixe a R$ 38 e uma refeição/porção com 2 tipos de peixe + banana da terra + batata e mandioca fritas + porção de camarão por $ 68 e serve muito bem 4 pessoas. Paraíso? Calma. Redes distribuídas pelo quiosque são providenciais para descansar, observando a vista da linda praia.

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O descanso é necessário porque você tem 16km de retorno ouuuu apenas 8km. Isso porque você pode esperar a maré baixar, por volta das 18h e voltar pela praia. É bem tranquilo, terá de fazer um pouquinho mais de força, mas bem mais rápido e melhor. Lembre-s de se encapotar de panos, já que o vento disfarça a força do sol.

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Bom, não curtimos forró. Motivo para voltar. Mas o charme da vila já nos obriga a vivenciar essa experiência sempre quando possível. Valeu Itaúnas e bora para Bahia, definitivamente.

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Guarapari e Vitória entraram e saíram do nosso roteiro pelo sul da Bahia diversas vezes. No papel, avaliávamos se deveríamos ficar alguns dias ou partir direto para Itaúnas-ES e o sul da Bahia. A difícil decisão de excluir as duas cidades capixabas se deu pelo simples fato que não queríamos fazer muitas paradas, mas sim ter poucas base de hospedagem para descasar. Mesmo assim, conseguimos conhecer um pouco!

Para chegar a Guarapari, saia da BR-101 sentido norte e pegue a Rodovia do Sol, linda, que margeia o litoral e passa pela cidade de Anchieta. Guarapari possui uma grande variedade de praias. Entramos em algumas até chegar em Meaípe, quando encontramos uma pousada próxima à praia, para aproveitar o final do dia após 15 horas de viagem.

Um quarto para quatro pessoas, com café da manhã e piscina por R$ 220 a diária nos convenceu a ficar na Pousada do Sol. O café da manhã é simples. A piscina, essencial para um final de tarde. O preço, excelente, assim como o quarto com ar-condicionado.

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A Praia de Meaípe quase não tem areia e é sem ondas. No bar Muvuca a cerveja de garrafa custa R$ 9,25. Os pratos de moquecas eram a partir de R$ 170 e desistimos. A escolha foi a Moquequinha de Banana da Terra, uma versão miniatura em uma panelinha de barro, com bastante coentro, a R$ 18,90, ideal para acompanhar a cerveja e provar a autêntica moqueca capixaba.

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Quando se está em viagem e quer aproveitar para economizar aqui e curtir um luxo ali, toda ideia é bem vinda, principalmente quando se está cansado. Na Pousada, o proprietário Guilherme indicou um delivery de comida. A R$ 90, um jantar caprichado de arroz, carne, salada e farofa. E, obrigado Guarapari.

Não conhecia Vitória e surpreendeu os recortes das encostas, lembrando a cidade do Rio de Janeiro. Ao cruzar a Terceira Ponte, você deixa Vila Velha (outro destino que foi para lista) e chega à capital capixaba.

A visita providencial se deu após ver um vídeo do W’nderer Writer e a Volta ao Mundo para visitar o bairro Goiabeiras, onde fica a Associação das Paneleiras. É a fonte, original, ‘o’ local para comprar sua panela de barro para fazer moqueca capixaba. Lá é possível acompanhar várias etapas da produção, já que são diversas paneleiras trabalhando ao mesmo tempo.

Geralmente, uma panela leva cindo dias para ficar pronta e tem todo tipo e tamanho, seja para moqueca para 2, 3, 4, 15 pessoas, panelas para pirão, feijão e caldos, travessas. Enfim, e o melhor: a preço justo. A minha, de moqueca para 4 pessoas, a R$ 35.  Da Gabi, uma travessa a R$ 25, para 4 pessoas, também.

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Vitória, voltaremos. Bora para Itaúnas!

 

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A previsão era percorrer quatro mil km, saindo de São Bernardo do Campo, cruzar o RJ, curtir ES e BA e finalizar em Capitólio-MG, com o carro carregado para uma viagem de aproximadamente 20 dias. Após 7 anos da nossa 1ª viagem para o sul da Bahia, desta vez vamos muito bem acompanhados da Gabi e do Mariano.

À uma hora da manhã estamos na Rodovia Presidente Dutra com o objetivo de chegar a Itaúnas, norte do ES. A responsa da direção é dividida a cada três horas e tudo flui na BR-101, exceto no norte do RJ com obras na pista que fazem a gente perder cerca de três horas.

Se a sua preocupação é com os postos de gás, deixe de lado. Sempre há e aproveite para abastecer a cada meio tanque, algo equivalente às três horas de cada um no volante.

Se a fome aguentar, logo que cruzar a divisa para o ES, pare na cidade de Iconha. Isso você já soma 13 horas de viagem. A estrada, obrigatoriamente, cruzará a cidade. Pare no Rancho dos Queijos para um bem servido e saboroso lanche de linguiça a R$ 9,50, com vinagrete, queijo branco e cebola.

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Com as horas perdidas no trânsito, desistimos de chegar a Itaúnas neste 1° dia. Aproveitamos para curtir um final de tarde em Guarapari e no outro dia visitar as paneleiras em Vitória.

As outras paradas da viagem foram Caraíva e Cumuruxatiba, ambas no sul da BA, Brumadinho e Capitólio em MG, mas claro que conhecemos vários cantinhos escondidos e lindos do nosso litoral brasileiro como Ponta do Corumbau, Barra do Cahy, Praia do Moreira, Praia do Espelho, enfim, tudo você vai curtir clicando no link abaixo!

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Estrada Real: Caminho dos Diamantes – out/16

Dois mil quilômetros separaram o início da viagem às 4h da madrugada de sábado, 8 de outubro de 2016, às 16h do domingo posterior, entre Jundiaí e Diamantina, um dos principais berços da exploração do ouro no século XVIII, em Minas Gerais, no nosso Brasil. O foco é a Estrada Real e a opção foi o Caminho dos Diamantes que liga até Ouro Preto.

Berço do ex-presidente da república Juscelino Kubitschek e de Francisca da Silva de Oliveira, a Chica da Silva, Diamantina está localizada no declive da Serra Santo Antônio, no Vale do Jequitinhonha, e fica a aproximadamente 290 km de Belo Horizonte. É tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) desde 1938 e, em dezembro de 1999, foi consagrada com o título de Patrimônio Histórico da Humanidade, outorgado pela UNESCO.

Como era de se esperar, Minas nos recebeu com hospitalidade, boas comidas, as super na moda cervejas artesanais, paisagens exclusivas e, claro, muita história. Antes de tudo, um mínimo de planejamento com a pesquisa no site recomendadíssimo do Instituto Estrada Real e o cadastro para retirada do Passaporte para garantir o Certificado ao final. Vamos?

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Diamantina

Esse foi o primeiro impacto com a arquitetura secular característica das cidades que compõe o trajeto da Estrada Real. Um dia pela cidade é o suficiente para conhecer as igrejas e atrativos culturais. Ainda assim, você conseguirá encontrar tempo para visitar a Vila de Biribiri e suas cachoeiras.

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Falando em história, a recomendação é visitar a Casa de JK, local onde o ex-presidente Juscelino Kubitschek viveu por 16 anos. Além de um acervo rico em quadros e documentos de sua trajetória, os cômodos representam a realidade da época: o quarto, com sua escrivaninha e cadeira que ele passava horas por dia estudando medicina, uma lamparina e a cama; a cozinha, arejada com diversas janelas e fogão à lenha, características marcante do povo mineiro; e sua jabuticabeira, no quintal. Mas o melhor estava por vir.

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A Casa de JK é uma propriedade de Serafim Jardim, amigo e antigo secretário de JK. Ele construiu um anexo nos fundos da casa, com biblioteca para pesquisas, reproduziu o consultório médico de JK e possui a sua própria sala, servindo de anfitrião, enfim, uma lenda viva para compartilhar bons e duvidosos momentos da vida do ex-presidente, inclusive está em busca de uma resposta mais plausível sobre a morte de JK. Veja mais no livro “Juscelino Kubistchek, Onde está a verdade

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Outro atrativo é o Passadiço e Casa da Glória, local que já foi residência dos intendentes e depois passou a funcionar como orfanato e escola femininos, dirigidos pelas freiras da Ordem de São Vicente de Paulo. O Passadiço é uma espécie de passarela sobre a rua, que liga a uma outra casa, e tinha a principal finalidade evitar que as internas circulassem pela rua. Pelo local,  vale a pena separar um tempinho para ouvir histórias gravadas e disponíveis em áudio de algumas dessas mulheres. E também fotografar um antigo fogão de ferro, que veio desmontado da Europa e hoje acredita-se ser impossível de tirá-lo dali.

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Para fechar, Museu do Diamante, com acervo da exploração de diamantes dos séculos XVII e XIX. É interessante, porém faltam informações complementares. Caso você ainda vá passar por Ouro Preto, deixe para fazer esse passeio no Museu do Inconfidentes, que é bem mais completo. A foto abaixo é de imagens sacras, que eram moduláveis. Em uma outra parede havia pernas, braços…e eram montados os santos de acordo com a necessidade.

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Sugiro uma pesquisa quando o assunto for igrejas em Minas Gerais. A quantidade é absurda e, com certeza seu tempo estará limitado e terá de fazer escolhas. Na Igreja de Nosso Senhor do Bonfim dos Militares, a visita guiada conta que apenas os de Alta Patente podiam frequentar as missas, que em rezadas em latim por mais de quatro horas, em pé.

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Já a Igreja Nossa Senhora do Rosário foi construída pelos negros, sempre a noite escondido dos ‘seus senhores’. Resultado: falta de esquadro com paredes tortas, porém com uma acústica diferenciada.

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Com o check nos atrativos culturais, históricos e religiosos, passeie com calma pelas ruas da cidade. Cada detalhe pode valer fotos ou momentos para apreciar os grandes casarões de séculos passados. A cidade de Diamantina possui diversos restaurantes e lojinhas, porém bem pacata. Em um domingo, poucos lugares estavam abertos após às 18h, parecendo muito mais uma cidade comum à turística. Diferentemente desta tranquilidade, foi o sábado, dia da Vesperata!

A tradicional festa popular do século XIX tem uma releitura datada de 1998 para explorar o potencial cultural de Diamantina na conquista título de Patrimônio Cultural da Humanidade. Músicos do Batalhão da Polícia Militar e da Banda Mirim da cidade ficam nas sacadas dos casarões tocando sob a regência de maestros, que se revezam em um tablado localizado no centro da rua. Você pode garantir uma mesa para 4 pessoas (160 reais no total) e usar os serviços de um dos restaurantes no entorno. Tudo acontece na Rua da Direita e, caso sua opção não seja pagar por isso, é possível ficar em pé, em volta do espaço reservado.

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Aproveitando que estamos falando da vida social, vamos para a gastronômica. Ao caminhar pelas ruas de Diamantina, pare nas barracas das quitandeiras para comprar os doces e escolher um restaurante para provar o Frango ao Molho Pardo. Nossa opção foi na Vila de Biribiri. Optamos pelo Restaurante do Adilson e, infelizmente, estava sem sabor. No local também tem o do Raimundo Sem Braço.

Foi nesta pequena vila a 12 km de Diamantina, fundada em 1876 para abrigar uma indústria têxtil (hoje, abandonada), que conhecemos algumas cachoeiras. A dos Cristais foi o nosso primeiro banho da Estrada Real, com um poço bacana para nadar. Vale a pena.

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Missão cumprida e algumas dicas adicionais sobre Diamantina.

  • Lembre-se de carimbar o passaporte. São vários locais em todo o Caminho. Vale a pena levar a lista completa disponível neste link, na seção: Pontos de Carimbo.
  • Optamos pela hospedagem via Airbnb e conhecemos o Flávio. Ele nos deixou a vontade e, além de uma casa arejada, moderna e bem localizada, tem uma cachorrinha chamada Catarina que, por pouco, não veio com a gente.
  • A Agência de Turismo Minhas Gerais é responsável pela venda dos ingressos da Vesperata. Quem tem interesse, reserve com antecedência. Conseguimos comprar de última hora por sorte de uma desistência.

Próximo destino: São Gonçalo do Rio das Pedras.

Antes, parada imperdível na Gruta do Salitre, a 9km de Diamantina. Uma formação rochosa de quartzito em meio a vegetação de cerrado com cânion, fendas e paredões de até 80 metros de altura. Se o sol não estiver logo acima (por volta das 12h), bem ao centro do interior da gruta, olhe para cima e verá que as rochas formam o mapa do Brasil, com o céu ao fundo. A visita é aberta e você precisará sair 3km da Estrada Real.

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Após a Gruta, você passará pelo vilarejo de Vau e pela ponte sobre o Rio Jequitinhonha, construída no século XVIII.

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São Gonçalo do Rio das Pedras é um pequeno vilarejo com cachoeiras e o bar do Ademil, uma espécie de mercearia que também serve refeições e é ponto de parada para o carimbo do Passaporte. Recebemos a recomendação de visitar a cachoeira da Grota Seca, mas a estrada é ruim e, em determinado momento, não conseguimos subir mais e voltamos.

De lá, partimos para a encantadora Milho Verde.Diferentemente do que a maioria pode acreditar, o nome deste distrito de Serro não tem nada a ver com o alimento. A lenda conta que um nobre que colonizou o local tinha esse sobrenome e acabou sendo incorporado. Mas o que importa são muitas outras coisas.

Começando pelo casal Thais e Diogo, que abriram sua deliciosa casa pelo Airbnb (agora está com paredes roxa) e nos recepcionou do melhor padrão amor-mineiro-de-ser. Antes de compartilhar vivência com eles que ficará marcada pelo resto da vida, fomos em busca de uma cachoeira. Paramos na do Moinho (onde foi gravada a minissérie A Cura), mas estava um pouco baixa de água. Optamos por ficar na do Carijó, com um poção para chamar de nosso em plena segunda-feira.

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O almo-janta rolou na Pousada e Restaurante Milho Verde, próximo das 16h, e a Dona Maria, apesar de estar quase fechando a cozinha, preparou um frango com quiabo. Na medida! Pelo vilarejo, próximo da Igreja Nossa Senhora dos Rosários, em uma casinha de esquina com uma plaquinha de Quitanda, procure a Dona Geralda e leve algumas rosquinhas doces feitas de rapadura. De volta na Igreja, aproveite o pôr do sol de um lado e a Serra do Espinhaço, do outro.

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Os anfitriões da noite estão em Milho Verde há pouco tempo e deixaram Montes Claros em busca de qualidade de vida. A casa é um cuidado só, com o espaço reservado do Home Office e o restante acessível para todos, com cozinha e fogão a lenha, horta e varandinha charmosa. Fiquem atentos, pois eles estavam com novidades de uma hamburgueria 🙂

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Para carimbar o passaporte em Milho Verde, vá até a Pousada do Morais. Tudo é muito fácil de achar, pois o local é pequeno. Próximo destino: Serro.

Importante: muito se fala da visita até a cachoeira do Tempo Perdido. Para chegar até lá, você precisa sair da Estrada Real e caminhar bons quilômetros até um vilarejo. Todos ali conhecem a cachoeira. Nossa sugestão é que, por mais que a cachoeira seja bonita, com um bom poço para nadar e areia branquinha, o clima que o suposto proprietário proporciona não vale a pena. Isso porque, antes de chegar na entrada da fazenda, você é abordado por crianças cobrando a entrada por pessoa (R$ 10,00), porém você continua o caminho pela estrada de terra (ainda em local público) até chegar a porteira. Quando realmente está na propriedade, é obrigado a pagar mais R$ 10,00 por carro. Talvez o valor seja o de menos, mas a arrogância do tal de Renato na cobrança se faz desnecessária.

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Já em Serro, cidade conhecida como Terra do Queijo, Patrimônio Imaterial do Brasil em 2008, vale a visita aos arredores da Igreja de Santa Rita para fazer uma foto panorâmica da cidade e de seu escadão considerável.

Fica a dica para o restaurante Serrano, bem próximo desta igreja. Também na mesma rua você encontrará o empório Casa da Roça para, claro, levar vários queijos. O curado é bem forte, lembrando até um parmesão. Tem a opção do frescal, também. Para fechar Serro, carimbe na Secretaria de Turismo em frente da Prefeitura.

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Não ficamos na cidade para pernoitar, mas acredito que vale a pena uma noite, se tiver tempo.

A próxima parada foi em Mato Grosso, outro distrito de Serro, e onde fica a Cachoeira da Pedra Lisa, com entrada gratuita e por onde você passa por um alambique.

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Mais um distrito de Serro, Capelinha, é conhecida como Vila Fantasma, porque fica praticamente o ano todo sem ninguém e, durante o Jubileu (julho) o local volta a ser povoado, com a festa religiosa durante alguns dias. A visita vale a pena, para lembrar daqueles filmes de faroeste, que o ator chega a uma cidadezinha vazia e de repente aparece alguém olhando pelas frestas da janela…E também vá até um portão no lado direito da igrejinha, ao fundo, que dá acesso a uma pedreira e um mirante 🙂

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Para pernoitar escolhemos a cidade de Conceição de Mato Dentro, principalmente por causa da Cachoeira do Tabuleiro.

Vamos começar pela hospedagem. Ficamos na Pousada Serra Velha, próximo ao centro, com uma boa estrutura em um sobradinho só nosso. Porém, com o tempo curto, você pode optar por um local próximo da Cachoeira, isso porque o Tabuleiro fica a 19km do centro (cerca de 30 minutos). Tem, inclusive, um vilarejo que lembra praia e é bem bonito. Vimos até pessoal acampando. Aproveite a cidade de Conceição do Mato Dentro para fazer algum abastecimento maior da sua viagem, já que tem um supermercado bacana. E o local de carimbo é no Delicias Daqui, uma espécie de padaria, na Av. JK, próximo ao pirulito.

A Cachoeira do Tabuleiro foi a mais impactante da viagem. Talvez a trilha difícil com tempo médio de 1h/1h30, tenha ajudado na recompensa e sensação de prazer. Com 273 de altura, sua queda praticamente desaparece quando chega até o poção. E põe poção nisso. É muito grande. É a cachoeira mais alta de Minas Gerais e a terceira do Brasil.

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Outro atrativo de Conceição do Mato Dentro é o Salão das Pedras, um parque municipal (um mirante de acesso livre) na Serra do Espinhaço.

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Itaponhoacanga é nosso próximo destino. Agora leia devagar: Ita ponha a canga. Paramos para perguntar a moradores que disseram ser uma referência a uma índia.

Daqui para a frente começamos a optar os locais que realmente dariam tempo para ficar e curtir. Tinha muitos quilômetros pela frente. Em Ita, pegamos o carimbo na pousada Fogo e Sereno e seguimos para Tapera, também só para pegar o carimbo, na Mercearia do Cruzeiro. O mesmo aconteceu por Morro do Pilar, Itambé do Mato Dentro, Ipoema e Cocais, até chegar a Mariana.

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Mariana merece, pelo menos, um dia completo. Como era noite quando chegamos, fomos atrás de um restaurante na pracinha do centro, chamado Rancho. Muito saborosos os pratos e bem servido, como tudo em MG.

Com o roteiro em mãos, acordamos e fomos fazer o Centro Histórico. Pausa para a clássica foto das igrejas São Francisco de Assis e Nossa Senhora do Carmo com o pelourinho. Aproveite para fotografar a parte interna da Nossa Senhora do Carmo, uma das poucas que permite da parte interna. Bem ao lado está a Casa da Câmara que já foi cadeia. Vale a visita, principalmente para ver uma reprodução de um Plenário da Câmara.

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Outra igreja que vale a visita é a São Pedro dos Cléricos, que você pode subir até os sinos e ter uma vista de toda a cidade de Mariana. Para fechar o Centro Histórico, uma passagem pelo Museu da Música, com uma breve e importante introdução da guia do local. Apesar de pequeno, o Museu tem bastante história e está com partes do Orgão da Sé (que está desmontado aguardando a restauração da Catedral, para voltar as atividades. O Orgão é o único fora da Europa que ainda funciona, construído no século XVIII na Alemanha por Arp Schnitger).

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Para quem busca conhecer uma mina aproveite Mariana para visitar a Mina da Passagem. Para adentrá-la, você desce 120 metros em um trolley (espécie de carrinho sobre trilhos) em uma visita guiada e muito bem paga os R$ 60 por pessoa. Dentro, caminha-se por mais de 300 metros e há a possibilidade de mergulho em um lago. Mas o real mergulho são sobre as histórias de toda a exploração do ouro, a diferença sobre o Ouro de Tolo, as vidas que se passaram por ali, as lendas.

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As opções de hospedagem são variadas. Nossa escolha era para um quarto para quatro pessoas com valor acessível e de preferência próxima ao centro. Escolhemos a Pousada do Chafariz.

Enfim, 10 carimbos depois, Ouro Preto e a garantia do Certificado do Caminho dos Diamantes.

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A cidade é a união de todas as outras que visitamos na última semana, com grandes proporções. É um museu ao céu aberto, com casas identificadas por placas que contam um pouco da história do local.

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A Praça Tiradentes é o ponto de partida para você escolher o que deseja conhecer na cidade. É nela que fica o Museu da Inconfidência, parada obrigatória para conhecer a história mineira. São 18 salas com rico acervo da exploração do ouro, de peças de artistas como Aleijadinho e itens que representavam os costumes da época. Tire 1 horinha para isso, no mínimo.

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Próximo está o Largo do Coimbra, com a feira permanente de pedra sabão. Até às 18h um mundão de barraquinhas vendem imagens religiosas, peças decorativas e utensílios domésticos, entre outros produtos.

Mas vamos falar de igrejas. Se você for religioso, divirta-se. Se você quer conhece apenas a história, opte, porque senão vai deixar uma boa graninha (média de R$ 10 por igreja), sem contar o tempo. A mais surpreendente foi a Matriz Nossa Senhora do Pilar, com muito ouro. E a Paróquia Nossa Senhora da Conceirão, onde hoje está o Museu Aleijadinho.

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Buscar um dos mirantes é um passeio para entrar na lista. Se quiser encarar as ladeiras, a vontade. Fomos de carro. E a vista é aquela clássica de Ouro Preto e o Pico Itacolomi ao fundo.

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Resolvemos conhecer a Mina de Chico Rei, mas não se compara a da Passagem, em Mariana. Só um adendo ao personagem e um breve resumo…”um negro alforriado que utilizava o ouro dessa mina para comprar escravos e dar-lhes a liberdade. Esse é o motivo da mina ser estreita e de pouca altura, ela foi cavada a mão com ferramentas precárias”. Nesta, você vai a pé, sendo guiado por uma corda com lâmpadas acessas e sem muita coisa para ver. Pelo preço que se paga, R$ 20, o mínimo que poderia ter era um guia. Nem vale a pena. Pega o carro ou algum pacote e vá visitar Mariana.

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À noite as opções são variadas para comer e beber. Fomos conhecer a lojinha de fábrica da Cervejaria Ouropretana, no bairro do Rosário, é possível de ir a pé, partindo do Centro. Como fecha às 21h, pode ser um bom esquenta se quiser curtir outro local com música ao vivo, por exemplo.

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A hospedagem em Ouro Preto também foi um passeio pela história. Nós escolhemos a Hospedaria Antiga, com grandes portas e janelas, pisos de madeira, e uma fechadura bem interessante.

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13 distritos formam Ouro Preto e conseguimos visitar um deles. São Bartolomeu tem a igreja que leva o nome do vilarejo e possui um sino de 300 anos de madeira, que era utilizado pelos mineradores para avisar Ouro Preto (a vila) a enviarem mais tropas e mula para carregamento da mina de ouro quando a produção crescia.

Mas o destaque fica para dois personagens. O Vicente Tijolo tem uma doceria e um doce sorriso. Aproveite para comprar seu doce de leite ou goiabada cascão feito na forma de preparar tijolo (daí vem o apelido). Ou então algumas peculiaridades, como a mostarda de jabuticaba, ou o pescadinho, um doce de leite mergulhado no chocolate.

Quem a gente conheceu também foi o Todinho, que nos apresentou o vilarejo e contou histórias sobre o Rio das Velhas, que desemboca no Rio São Francisco, falou sobre a época do garimpo, aluvião e a descoberta das ruínas das minas de ouro. Ele que tem o carimbo para seu passaporte.

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Talvez não tenhamos visto nem a metade que o Caminho dos Diamantes possa oferecer. Mas a essência da história foi possível de ser percebida e absorvida. A convivência com os mineiros, das histórias de pessoas que conhecemos pelo caminho fazem-nos mudar um pouco, pensando em um mundo melhor, de gente mais positiva e sincera. Minas Gerais, voltaremos!

caminho-diamantes

 

Acabou? Não!

No caminho de volta, paramos em Congonhas, para ver as obras de Aleijadinho. São 12 esculturas em pedra sabão de profetas na Basílica de Bom Jesus de Matosinhos.

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Fechamos a viagem em Tiradentes. Com pouco tempo, a conclusão é que é uma cidade boêmia, com vida noturna agitada com várias opções de restaurantes e bares, e também bastante lojinhas. A gente fechou a noite com um blues!

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Fim, por enquanto 😉

Trilhas e Volta na Ilha Grande em 12 dias – dez/15

12 dias, 45 praias, 70 km de trilhas e várias sensações que só quem escolhe acampar recebe como recompensa. Essa foi a nossa Volta na Ilha Grande, Angra-RJ, em dez/15 e jan/16.  Leia com calma, entre na viagem e aproveite a trilha sonora.

Sons e textos a 8 mãos e muitas ideias: Rodrigo, Paloma, Gabriele e Mariano. 

barca ilha grande

1° dia: SP – ABRAÃO – PALMAS

São 5 horas de viagem, via Barra Mansa, com sua estradinha sinuosa e que premia a chegada com a vista da baia de Angra dos Reis.

Escolhemos o estacionamento 2 Irmãos a R$ 30/dia e a barca oficial de 1h30 a R$ 14. Dependendo do dia e calor, prepare-se para o ar abafado da barca. Ela sai às 15h30 e as passagens começam a ser vendidas quase na hora, mas você pode chegar cedo para pegar fila e descolar um lugar nos bancos da frente ou próximo às janelas.

Na Vila do Abraão, o tempo era para apenas comprar uma água e tirar a foto do início da jornada.

A Praia de Palmas está a uma hora e a trilha inicial já garante os primeiros pingos de suor, principalmente por causa da nossa mochila de, em média, 10kg e uma boa ladeira nos primeiros 30 minutos de trilha.

Pegamos uma bifurcação à esquerda para conhecermos a praia Brava, praia charmosa, bem pequena e de tombo, possui suítes e chalés, por média de R$150;00 o casal, para quem quiser pernoitar e uma espécie de restaurante/bar para quem quiser passar o dia.

Voltamos então a trilha principal para seguir em direção a Palmas onde passamos a primeira noite. A praia  de Palmas possui alguns campings e, de passagem, escolhemos o último – Das Palmas – a R$ 15/pessoa, com banheiro, cozinha e sombra.

O Restaurante Morango das Palmas vale a pena. Todo decorado com desenhos de morango nas mesas, nos copos, nas paredes; com preço de PF a R$ 25 e atendimento bem legal.  Já vale deixar avisado que só comemos PF na viagem e sempre dividindo em 2 pessoas. Era o suficiente.

Bem cedo acordamos, já que a caminhada era longa até Parnaioca. Conseguimos no quiosque do camping ao lado uma garrafa de café a R$ 12 e, com nossos pães sírio e queijo polenghinho, saímos para a caminhada.

Chalés na Praia Brava, antes de Palmas
Chalés na Praia Brava, antes de Palmas
Praia de Palmas
Praia de Palmas
Camping das Palmas
Camping das Palmas
Camping das Palmas
Camping das Palmas
Camping das Palmas
Camping das Palmas
Restaurante Morango das Palmas, com a menina Nicole, moradora da praia
Restaurante Morango das Palmas, com a menina Nicole, moradora da praia
Fechando o pouco tempo que tivemos em Palmas
Fechando o pouco tempo que tivemos em Palmas

2° e 3° dias: PALMAS – SANTO ANTÔNIO – CAXADAÇO – DOIS RIOS – PARNAIOCA

Escolhemos nosso roteiro começando pelas praias de fora, do mar aberto, e isso resultou num esforço maior neste dia, já que não havia como dormir legalmente pelo caminho até Parnaioca.

De Palmas, passamos por Pouso e fomos até próximo a entrada de Lopes Mendes, onde pegamos a trilha à direita sentido Praia de Santo Antônio. Lopes Mendes a gente já conhecia e por isso seguimos. Caso contrário, vale a visita.

Com 35 minutos em trilha não oficial e com suporte de GPS (App Wikiloc), chega-se a essa praia paradisíaca. Nosso primeiro contato com as azuis, transparentes e quentes águas da Ilha Grande.

No local havia algumas pessoas bivacando (camping selvagem) e finalizando a Volta da Ilha no sentido contrário ao nosso. Repare na formação rochosa no mar que lembra uma tartaruga.

De lá, voltamos um pouco a trilha e pegamos sentido Caxadaço, também em trilha não oficial. O que era para ser feito em 1h fizemos em 3h40. Nos perdemos, mesmo com GPS, já que o APP as vezes demorava para atualizar. Na trilha, não há marcações e sugerimos atenção redobrada, seguindo à risca o GPS e indo sempre direção oposta ao mar. Enfim, a recompensa foi grande. Talvez a melhor praia da Ilha, ao lado de Santo Antônio, porém com um riacho de água doce.

Pela frente ainda teríamos as trilhas oficiais de Caxadaço-Dois Rios (1h30) e Dois Rios-Parnaioca (3h30). Como é bom sempre ficar atento às oportunidades, neste momento havia um barqueiro que iria para Dois Rios. Por temos perdido muito tempo na trilha anterior e com receio de chegar à Parnaioca a noite, fomos de barco (Caxadaço-Dois Rios), pelo valor de R$20,00 por pessoa.

Dica: é tentador fazer as trilhas do jeito que fizemos, mas nossa recomendação é a seguinte: Vá de Palmas até Santo Antônio por trilha, curte a praia. Depois, volte para Lopes Mendes e pegue um taxi boat para o Caxadaço. Não insista nas trilhas não-oficiais, pois perde muito tempo; uma possibilidade se quiser fazer essas trilhas é fazer camping selvagem na praia do Caxadaço. mas como não é permitido, fica a sugestão, novamente, chegar à Caxadaço de taxi boat e de lá você já pode pegar a T-15, trilha oficial e sinalizada,  que vai até Dois Rios e assim você faz tudo certinho e depois só seguir para Parnaioca.

Chegando em Dois Rios, almoçamos PF no bar da Dona Teresa (R$ 25), uma moradora dos tempos do presídio em atividade. Aliás, se você chegar até às 16h em Dois Rios, é possível pegar água gelada no presídio.

Saímos rápido para a maior trilha da Ilha Grande a T16 (7,75 km) e fizemos em 2h40, um tempo muito rápido para esse caminho. No trecho, encontramos o artista “Rui 1 2 3…!” na Toca das Cinzas. Ele passaria a noite de Natal sozinho para reflexão.

Na chegada a Pouso
Na chegada a Pouso
Pouso é uma praia entre Palmas e Lopes Mendes
Pouso é uma praia entre Palmas e Lopes Mendes
Você encontrará poucas casas em Pouso
Você encontrará poucas casas em Pouso
Um Hotel que dizem abrir em alta temporada
Um Hotel que dizem abrir em alta temporada
Esta é a praia de Pouso
Esta é a praia de Pouso
A primeira visão do paraíso: Santo Antônio
A primeira visão do paraíso: Santo Antônio
Com a formação rochosa em Santo Antônio que lembra uma tartaruga...
Com a formação rochosa em Santo Antônio que lembra uma tartaruga…
... e suas águas verdes transparentes
… e suas águas verdes transparentes
Muito prazer, Caxadaço
Muito prazer, Caxadaço
Caxadaço: Pequena praia com muitas belezas
Caxadaço: Pequena praia com muitas belezas
Angustiada com o calor, conseguimos arrancar um sorrido da Dona Teresa, em Dois Rios
Angustiada com o calor, conseguimos arrancar um sorrido da Dona Teresa, em Dois Rios

Bora para Parnaioca? Veja a situação do pessoal, até o momento na trilha já depois de Dois Rios 😉

Apresentando, Paloma....
Apresentando, Paloma….
Gabriele...
Gabriele…
Rodrigo...
Rodrigo…
e Mariano
e Mariano

PARNAIOCA – UM CAPÍTULO A PARTE

Por volta das 19h30, chegamos a praia que mais gostamos de ficar: Parnaioca. O caminho foi cansativo, já que na última meia hora foi só descida e, com as pernas cansadas, os joelhos foram castigados. Como todo esforço de trilheiro sempre há uma recompensa e, antes de procurar camping, um merecido mergulho no mar. Transparente, claro.

Em Parnaioca existem três campings: Silvio, Marta e Janete, este último foi o escolhido.

Com muitas sombras, cozinha super equipada com três fogareiros e até freezer, pagamos R$ 25/pessoa. O almoço ficou a R$ 25 e o café a R$ 15. Sobre os outros campings, achamos do Silvio muito afastado e o da Marta só encontramos depois de escolhido o da Janete, mas era muito organizado e bonito também.

Passamos a noite de Natal e conhecemos o casal Paola e Daniel. O Daniel é um australiano que mora no Rio há 5 anos e preparou uma lentilha deliciosa. Em troca, oferecemos Peperone e Tequila e, assim, comemoramos a noite. (aliás, se vocês estiverem lendo esse relato, perdemos o nosso caderninho de anotação com os fones de vocês L)

A praia de Parnaioca encanta pela beleza do mar e tem uma barra de água doce bem grande à direita no final da praia. Vá sentido igreja e cemitério e aproveite para tomar o banho no rio gelado.
Parnaioca também vale para curtir um por do sol no mar. Na verdade, o sol se põe atrás do morro de Aventureiros-Provetá, mas como é bem longe dá a impressão de terminar no mar. Dessa forma, valeu o dia que tiramos de descanso em Parnaioca, praia perfeita e que já deixou saudades.

Ao dormir em lugares assim, você pode trocar as 5 estrelas dos grandes hotéis pelas milhares ao céu aberto, sob a visita de vagalumes e acordar assustado com uma luz absurdamente forte na sua barraca da….LUA.

ilha grande - praia de parnaioca (2)
….e voltada para o mar aberto…
ilha grande - praia de parnaioca (6)
…porém se vê poucas ondas…
ilha grande - praia de parnaioca (15)
… e muitas sombras…
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…para passar o dia inteiro assim!
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Caminhos dentro de Parnaioca
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Próximo ao centro da praia está a igreja
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Igreja do Sagrado Coração de Jesus
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O hábito de se enterrar junto à Igreja, mesmo em pequenas comunidades, era a regra.
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Se não bastasse o mar perfeito…
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…o Rio Parnaioca é convidativo para fotos…
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… e uma tarde com mergulho sob sol forte

ilha grande - praia de parnaioca (12)

ilha grande - praia de parnaioca (24)
Camping da Janete: (21) 9674-7616
ilha grande - praia de parnaioca (22)
Ainda com vagas. Mas após Natal, só com reservas!
ilha grande - praia de parnaioca (17)
Para fechar, o por do sol no mar…
ilha grande - praia de parnaioca (20)
…na verdade, dependendo do ângulo da foto, engana. O por do sol é atrás do morro Aventureiros-Provetá

4° e 5° dias – PARNAIOCA – AVENTUREIRO

Bem cedinho saímos sentido Aventureiro, via trilha. Nem coloque o tênis, pois tem um rio que divide Parnaioca do morro que irá atravessar. Após 40 minutos de trilha chega-se à praia do Leste, após percorrê-la vai encontrar o ilhote, atravessamos passando por dentro do mangue que estava com a água baixa molhando somente até a canela, então colocamos novamente a botas e atravessamos a praia do Sul, a extensão não é longa, mas caminhar com a areia fofa e o sol estalando aumenta a dificuldade e o tempo, enfim, depois de 2h, chegamos ao paredão do Demo. Com o tempo ensolarado e o mar calmo, foi bem tranquilo passar.

Em Aventureiro, já tínhamos ficado no Camping do Luis, que parece ser o mais estruturado. Optamos por ele, novamente. Mas o preço talvez não compense: R$ 60/pessoa. Muito alto e ouvimos falar que havia camping por R$ 40. Como são 16 campings na praia, vale a pesquisa antes de decidir.

Os valores realmente dobram após o Natal. A praia fica cheia (até demais). Inclusive, depois de deixarmos Aventureiro, todos que encontrávamos pelo caminho pretendiam passar o Réveillon lá.

O local é perfeito encontro de jovens, descolados, surfistas, cariocas com sua rodinha de bola…O mar agitado é bom para pegar os jacarés ou surfar. A vista é perfeita, pois você está em uma enseada de mar aberto com vista para as praias do Leste e Sul e um nascer do sol no mar espetacular, laranja que com sua cor vibrante entra em sua barraca te dando bom dia.

Outro momento que ficou marcado na viagem é a chegada da Lua atrás do morro de Parnaioca. Único para uma noite de Lua Cheia pós Natal, fato que não acontecia desde 1977 e a próxima só deve acontecer em 2034.

Bom, não custa relembrar:

  • Nascer do Sol: Praia de Aventureiro
  • Por do Sol: Praia de Parnaioca
  • Nascer da Lua: Praia de Aventureiro

Para as refeições, procure o restaurante do Rodrigo, na altura do centro da praia, sentido o morro, ao lado de uma ponte. O valor do PF é de R$ 20 e a comida saborosa. Como comparação, o PF no Camping do Luis é R$ 30. Se quiser optar por um hot dog a noite, o Camping do ITA oferece a R$ 7.

Aventureiro com certeza merece dois dias de hospedagem e, como nossa programação era de uma Volta entre 10/12 dias, tínhamos tempo de sobra para aproveitar essa praia que possui o coqueiro caído e merece a clássica foto.

Nosso sexto dia seria para encarar a ‘temida’ subida do morro de Provetá.

A caminho para a praia do Leste
A caminho para a praia do Leste
Primeira vista da Praia do Leste
Primeira vista da Praia do Leste
Praia do Leste
Praia do Leste
Praia do Sul
Praia do Sul
Paredão do Demo e praia do Aventureiro ao fundo
Paredão do Demo e praia do Aventureiro ao fundo
Enfim, a Praia do Aventureiro
Enfim, a Praia do Aventureiro
Um lugar para curtir o dia sob as várias árvores Chapéu de Sol
Um lugar para curtir o dia sob as várias árvores Chapéu de Sol
O famoso coqueiro caído
O famoso coqueiro caído
Essa foi a lua, só ela, iluminando toda a praia
Essa foi a lua, só ela, iluminando toda a praia
Fechando a nossa visita a Aventureiro
Fechando a nossa visita a Aventureiro
Mas acordar com esse por do sol é para agradecer...
Mas acordar com esse sol é para agradecer…
...e guardar na lembrança todos os momentos bons pelas praias de fora da Ilha Grande
…e guardar na lembrança todos os momentos bons pelas praias de fora da Ilha Grande

6° e 7° dias – AVENTUREIRO – PROVETÁ – ARAÇATIBA

Realmente a subida é íngreme, mas no sentido que estamos fazendo – Aventureiro-Provetá, ela é curta. Em 40 minutos já havíamos terminado o zigue-zague e fizemos numa boa. Você finaliza no topo do morro onde há sinal de celular e Wi-Fi. Caso queira fazer uma ligação ou mandar mensagem, essa pode ser a hora (isso para quem faz o sentido oposto ao nosso, pois dali para frente o sinal de celular existe).

Provetá é uma vila com mais estrutura, mas escolhemos seguir em frente e encaramos – aí sim – a pesada T8 que liga à Araçatiba. Foram 2h30 bem cansativas. Economize na água.

Ao chegar em Araçatiba, você tem opção para pegar a trilha para Gruta do Acaiá e se hospedar nela ou, no meio do caminho, nas praias Vermelha e Itaguaçu.

Em Vermelha, procure pelo Salvador e, assim, você poderá acampar no quintal dele. Na Gruta do Acaiá, a opção é do Almir, que cuida do local. Em Itaguaçu, a única opção é o Sítio Itaguaçu, que precisa fazer reserva.

Apesar de um excelente atendimento na praia de Araçatiba, achamos que vale a pena ficar na Vermelha, pois é mais charmosa e pequena. Mas vamos lá.

Nossa opção em Araçatiba foi o Camping do Bené, a R$ 15/pessoa, contra R$ 40 do Camping Bem Natural. Converse com o Hugo (genro do Bené) e ele te dará a atenção melhor do mundo. O cara consegue tudo para você, juntamente com a mulher Vitória, que preparam um Café da Manhã completo a R$ 10/pessoa e um pastel de camarão exclusivo. Além de Camping, eles tem quartos. O ponto negativo é o som alto durante a noite. Tarde da noite. E acostume-se com a árvore das cigarras!

A caminho de Araçatiba conhecemos dois casais separadamente. Com experiência de vida, compartilharam boas histórias e sempre se colocaram a disposição para qualquer necessidade. Acho que momentos como esse valem toda a viagem. São conversas compartilhadas com total atenção, sem interrupção de celular, com cada um entendendo e querendo saber mais sobre o seu caminho e suas escolhas.

Com base em Araçatiba, sem mochila nas costas, encaramos tranquilamente a T7, que liga à Gruta do Acaiá. Quem entrou foi a Gabi e o Mariano. O Rodrigo e Paloma ficarão receosos, pois haviam falado que precisava passar arrastando, mas nem é tudo isso. A entrada da gruta é um pouco apertada e feita por uma escada de madeira que serve como apoio para os pés, facilitando o impulso na saída e orientando na descida, o chão e o teto tem várias pedrinhas e conchinhas, por isso sempre é bom ir de camiseta para evitar arranhões, após a descida da escada já verá abaixo uma luz verde neon bem forte refletir na água, é tão forte que parece de mentira, por isso a beleza do lugar, ao chegar na água também observará a transparência, mais a direita conseguirá ficar de pé, com a água próxima a cintura, o uso da lanterna facilitou bastante nossa orientação dentro da gruta, dessa forma, não precisamos nos arrastar em momento algum.

O Almir é o dono do sítio que tem a Gruta. Ele cuida muito bem do lugar e vale os R$ 15 da visita, mesmo para quem não entra na Gruta. Vale pelas histórias. Vale pelas bananas que ele vai pegar no pé e te dá o prazer de comer uma fruta após tantos dias sem. Vale por saber que você completou mais uma trilha da Volta na Ilha Grande. Se você quiser ir até a Gruta do Acaiá, pode optar também por ir de Taxi Boat.

Na volta, paramos para almoçar na Praia Vermelha. Tem alguns restaurantes mais badalados, com preços altos e escolhemos o Lanchonete da Praia (24 9 9857-9167 e 9 9954-8022). A Stela e a Liliane nos recepcionaram muito bem, se propuseram a fazer um PF com peixe grelhado a R$ 30 e nos presentearam com sorrisos de quem sabe atender bem qualquer tipo de pessoa.

Dizemos isso, pois muitos empresários ou pessoas que trabalham nos restaurantes/pousadas da Ilha Grande nos passaram a impressão de preconceito com os trilheiros. Mediam a gente e não davam a atenção. Muitas vezes fomos rejeitados de diversas formas.

Por isso, fazemos questão de marcar os nomes e locais de pessoas que sempre nos atenderam super bem!

...se é isso que você quer, no topo da travessia Aventureiro-Provetá, você terá
…se é isso que você quer, no topo da travessia Aventureiro-Provetá, você terá
... mas para isso precisará vencer 40 minutos de subida...
… mas para isso precisará vencer 40 minutos de subida…
E mais uma etapa vamos concluindo...
E mais uma etapa vamos concluindo…
Todos juntos a caminho da próxima praia...
Todos juntos a caminho da próxima praia…
Sempre acompanhado do cajado, essencial para trilhas
Sempre acompanhado do cajado, essencial para trilhas
e tendo como brinde essa vista de Provetá
e tendo como brinde essa vista de Provetá
As vermelhas areias da praia de...
As vermelhas areias da praia de…
... Araçatibinha.E não a Vermelha.
… Araçatibinha. E não a Vermelha.
...essa é a Praia Vermelha
…essa é a Praia Vermelha
A Lanchonete que você deve visitar e...
A Lanchonete que você deve visitar e…
...conhecer as irmãs que prepararão sua refeição
…conhecer as irmãs que prepararão sua refeição

ilha grande - praia vermelha (6)

ilha grande - praia vermelha (5)

ilha grande - praia vermelha (4)

Praia de Itaguaçu
Praia de Itaguaçu

 

Praia de Itaguaçu
Praia de Itaguaçu
Praia de Itaguaçu
Praia de Itaguaçu
Sitio Itaguaçu, único local de hospedagem desta pequena praia
Sitio Itaguaçu, único local de hospedagem desta pequena praia
Uma das poucas placas oficias preservadas na Ilha Grande
Uma das poucas placas oficias preservadas na Ilha Grande
A Gruta
A Gruta
A entrada da Gruta
A entrada da Gruta
O que te espera lá dentro
O que te espera lá dentro
Esse é o caminho entre Araçatiba e a Gruta do Acaia
Esse é o caminho entre Araçatiba e a Gruta do Acaia
Com grande bambual
Com grande bambual
Abacaxis, ainda vermelhos
Abacaxis, ainda vermelhos
Plantas espinhosas
Plantas espinhosas
E, quando se está sem a mochila de 10kg nas costas e após algumas cervejas no almoço da Praia Vermelha...
Quando se está sem a mochila de 10kg nas costas e após algumas cervejas no almoço da Praia Vermelha…
É só alegria
…é só alegria

Para fechar Araçatiba…

Mais conhecida como Grande Araçatiba
Mais conhecida como Grande Araçatiba
Café da Manhã com bolos, misto quente, jarra de café e de suco natural de manga
Café da Manhã com bolo, misto quente, café e suco natural de manga no Camping do Bené

8° e 9° dias: ARAÇATIBA – ENSEADA SITIO FORTE – BANANAL

Informação é tudo. E o livro Caminhos e Trilhas da Ilha Grande, do José Bernardo, é um item primordial para quem quer fazer a Volta na Ilha Grande. Foi através dele que, a cada dia, fazíamos uma revisão da próxima trilha e, muitas vezes, na dúvida das bifurcações, ele nos salvava.

A 35 minutos de Araçatiba temos a Lagoa Verde. Muitos falam que precisa ir de barco. Nós, chegamos por terra. E conseguimos aproveitar esse cantinho para ver muitos peixes e corais. Por isso, outro item necessário na sua bagagem é o snorkel.

De Araçatiba nossa meta era a próxima Enseada, de Sítio Forte, mas descobrimos pelo caminho que não existem locais de hospedagem oficiais. Então vamos contar um pouco o que vimos nesta parte.

Depois da Lagoa Verde, nossa próxima parada, após uns 35 minutos foi a Praia do Longa, uma vila de moradores bem acolhedora, possível de conseguir pernoitar no quintal de algum morador, se for o caso, no entanto, nossa escolha foi prosseguir, passando pela Cachoeira que fica no caminho mesmo. Momento de tomar um banho de água doce gelada e seguir a trilha para a praia de Ubatubinha. Linda, pequena e privada. Isso mesmo. Uma pessoa comprou todo terreno e tem uma praia particular, o que te resta apenas atravessá-la.

Depois de mais duas horas de trilha, passando por Tapera e Maguariqueçaba, você chega ao Sitio Forte. Lá, ficamos sabendo que tem 4 moradores, sendo que conhecemos três deles. O Fernando, não. Esse cara era a esperança que tínhamos para dormirmos no quintal. Mas o maior problema é que precisávamos comer algo. Conversando com a moradora Leda, surgiu uma irônica história. Ela nos contou que trabalhou por 35 anos na cozinha da escola ao lado da casa dela e que havia feito uma promessa quando se aposentasse: nunca mais cozinharia para os outros.

Por isso, nos mandamos para a próxima enseada, do Bananal.

No Caminho, passamos por Matariz, uma vila bonita que viveu seu tempo áureo com a indústria de sardinhas da empresa Kamome, que fechou por burocracia ambiental e outras concorrências. Foi lá que conhecemos o Aristides, um senhor de 77 anos, com vigor de jovem e que chegou oferecer hospedagem. Mas seguimos em frente.

Nossa parada foi no Bananal, que ainda guarda de certa forma a lembrança da tragédia de 2010. A presença de japoneses é bem grande lá, devido a colonização deles durante o auge da fábrica de sardinha onde hoje é a Pousada do Preto.

Nossa sorte ao chegar no Bananal, depois de caminhar 11km, era a vaga de um quarto compartilhado no hostel Mi Casa, Tu Casa, por R$ 50/pessoa com café da manhã. Pela primeira vez, depois de 8 dias, iríamos dormir em uma cama.

Conseguimos apenas um dia no hostel e, como o próximo era a virada de ano, fomos atrás do Camping da Cristina. Aproveitamos para jantar neste camping e conhecer o carisma dessa mulher que nos atendeu super bem em todos os momentos. O PF foi R$ 20.

Armamos acampamento e criamos uma relação bem gostosa com a Cristina e seu marido, Carlinho. Foi neste momento que conhecemos o Tommy e a Layla, que estavam fazendo o caminho inverso da Volta e passamos o Réveillon juntos.

Antes, tivemos a ceia preparada pela Cristina com peixes pescados na noite anterior pelo Carlinho. Ela fez muita coisa. Além do tradicional PF, acrescentou um macarrão à bolonhesa e ficou em R$ 80 para todos, ou seja: R$ 13/pessoa.

Anota aí então que, além do Camping do Bené em Araçatiba, o da Cristina (Bananal) é um dos poucos que você terá opção de hospedagem nas praias voltadas para o continente: Cristina – 24 9 9981-3250, 9 9869-1549, 9 8881-7112 e 9 8817-8544. O valor da hospedagem ficou por R$ 20/pessoa. E o Café da Manhã por R$ 12/pessoa.

No Bananal aproveite para comer o pastel próximo ao píer. Tem opções diferentes como de Chicória com Queijo a R$ 4.

A queima de fogos é algo de surpreender no Bananal. Cerca de 5 minutos de show. Porém, mais uma vez nos faz pensar o porquê de não terem inventado ou comercializado fogos sem o som/estouro. Ficamos imaginando tantos animais próximos a mata que se assustaram nesse momento.

Taxi boat e lanches saem de Araçatibas e outras praias para o passeio para Lagoa Verde, mas é possível chegar a pé
Taxi boat e lanches saem de Araçatiba e outras praias para o passeio para Lagoa Verde, mas é possível chegar a pé
No local não possui água doce. Então vale a pena encher uma garrafa para continuar a trilha sem muitos incômodos
No local não possui água doce. Então vale a pena encher uma garrafa para continuar a trilha sem muitos incômodos
E, claro, sempre acompanhado de Snorkel ou óculos de natação
E, claro, sempre acompanhado de Snorkel ou óculos de natação
Praia do Longa costuma receber barcos e ser um ponto de parada
A Praia do Longa costuma receber barcos e ser um ponto de parada
Para a gente serviu de passagem para a cachoeira...
Para a gente serviu de passagem para a cachoeira…
E aproveitar para refrescar e tirar o sal do corpo da Lagoa Verde
…onde aproveitamos para refrescar e tirar o sal do corpo da Lagoa Verde
Quer uma praia para você? Essa é Ubatubinha
Quer uma praia para você? Essa é Ubatubinha.
A praia "particular" de uma casa só
A praia “particular” de uma casa só
Tapera é caracterizada pelos grandes coqueirais
Já Tapera é caracterizada pelos grandes coqueirais
Uma pausa na "parada de ônibus"
Uma pausa na “parada de ônibus”
E vamos seguir viagem
E vamos seguir viagem
Inconfundível, o paredão dá as boas vindas para quem chega a Sítio Forte
Inconfundível, o paredão dá as boas vindas para quem chega a Sítio Forte
Sob a sombra do Chapéu de Coco, você pode passar a tarde nesta tranquila praia
Sob a sombra do Chapéu de Coco, você pode passar a tarde nesta tranquila praia de Sítio Forte
Aproveitando para repor energias para a caminhada até o Bananal
Aproveitando para repor energias para a caminhada até o Bananal
Ou dar um mergulho nas tranquilas e transparentes águas
Ou dar um mergulho nas tranquilas, quente e transparentes águas
E, como em vários locais, sempre há um campinho de futebol
E, como em vários locais, sempre há um campinho de futebol
Maguariqueçaba, mais uma praia com grande quantidade de iates e restaurantes que só dão preferência a eles
Maguariqueçaba é mais uma praia com grande quantidade de iates e restaurantes que só dão preferência a eles
Fábrica Kamome, símbolo do auge da economia de sardinha em Matariz
Fábrica Kamome, símbolo do auge da economia de sardinha em Matariz
A Vila de Matariz vale a visita e uma conversa com seu Aristides. Procure-o.
A Vila de Matariz vale a visita e uma conversa com seu Aristides. Procure-o.
Hostel Mi Casa, Tu Casa, bem no começo da praia
Hostel Mi Casa, Tu Casa, bem no começo da praia do Bananal
Para chegar a essa mini praia, vá até o restaurante junto às pedras e atravesse por ele
Para chegar a essa mini praia no Bananal, vá até o restaurante junto às pedras no canto direiro da praia e atravesse por ele
Essa prainha não é Bananal Pequeno, apenas uma extensão do Bananal
Essa prainha não é Bananal Pequeno, apenas uma extensão do Bananal
E curtimos a praia
E aproveite para curtir a praia
Mergulhamos de snorkel. Veja ao fundo o paredão da 'tragédia'
Mergulhar com snorkel. (veja ao fundo o paredão da ‘tragédia’)
Foi aí que passamos nossa última tarde do ano com Tommy e Layla
Encontramos essa sombra, sob uma pequena gruta. Foi aí que passamos nossa última tarde do ano com Tommy e Layla
E fizemos também exercícios
E fizemos também exercícios
...é, essa foto entrou.
…é, essa foto entrou.
Bananal
Bananal
Essa era a vista do Camping da Teresa
Essa era a vista do Camping da Cristina
O casal simpatia: Dona Teresa e Carlinho
O casal simpatia: Dona Cristina e Carlinho
Nosso Reveillon
Nosso Reveillon
Os fogos são bem na praia
Os fogos são bem no meio da praia

10° dia: BANANAL – ENSEADA SACO DO CÉU

Nossa penúltima parada era o Saco do Céu, já em 2016. Para chegar até lá, pegamos as T4 e T3 somando-se 6,7km, passando por lindas praias como Freguesia de Fora, Grumixama e Freguesia de Santana, quando pegamos um acesso por trilha pela Praia da Baleia e chegamos a Lagoa Azul.

A Lagoa Azul é outro ponto que só falam que dá para chegar de barco, mas faça esse caminho que você consegue mergulhar nas águas da lagoa cheia de barcos.

Aliás, vamos fazer outra observação importante. Não há lei para os donos de barcos, lanchas, taxi boat. Eles acessam qualquer lugar de qualquer forma. Enquanto mergulhava na Lagoa Azul, ficamos com uma tensão de que algum deles poderia bater na gente ou jogar uma âncora, por exemplo.

Isso pode ser visto nestas praias que não entramos muito em detalhes mas você irá passar, como Grumixama, Ubatubinha, Freguesia de Fora, enfim várias praias voltadas para o continente, com grande presença de iates e lanchas.

No caminho para o Saco do Céu passa-se por Japariz. É um ponto de parada de escunas e barcos com várias opções de restaurante. Se você chegar, como a gente, com as mochilas e suado, corre o risco de receber como resposta algo assim: “Reservou? Então vai ter que esperar aquela escuna que irá chegar com 100 pessoas e depois poderemos atender vocês.”. Optamos por um lanche em uma barraca e seguimos viagem.

Saco do Céu parece um lugar de luxo, devido ao Coqueiro Verde Restaurante & Suítes que, segundo os moradores, o Medina e o Neymar passaram a virada de ano por lá e haviam 70 iates na enseada.

Lá no Saco do Céu você irá conhecer a Ilma, a famosa Gata Russa, que possui uma pousada, camping e um anexo de suítes.

Foi lá neste último que ficamos em um quarto compartilhado para nós quatro a R$ 55/pessoa com, atenção: ar condicionado e banheira.

Ela preparou um café da manhã por R$ 10 e nos recheou com boas histórias de vários anos que resolveu se instalar por lá. Indicamos o local. Anota ai: 24 9 9841 41 91.

Sabendo que a Gata Russa faz parte do Conselho de Turismo de Angra dos Reis, aproveitamos para falar tudo o que já citamos aqui e também sobre as sinalizações nas trilhas oficiais, que estão precárias. Por ser um local com tanto potencial turístico, achamos que não há cuidado com as placas de identificação e muito menos com o suporte aos trilheiros, com indicações de campings, restaurantes, pontos de parada. Muita coisa pode melhorar.

No Saco do Céu procure pelo restaurante SorveLanches e conheça o garoto Hugo, que faz o atendimento para sua tia Ilda. Peça pelo PF a R$ 30 e também o delicioso e sequinho Kibe de Peixe a R$ 20 com 12 unidades.

Mais uma praia "particular" de uma casa só: Bananal Pequeno
Mais uma praia “particular” de uma casa só: Bananal Pequeno
Como várias praias do lado do continente, Freguesia de Fora segue a regra à risca...
Como várias praias do lado do continente, Freguesia de Fora segue a regra à risca…
...com suas águas transparentes.
…com suas águas transparentes.
De Freguesia de Fora, você pode pegar uma trilha no final da praia e chegar a Grumixama
De Freguesia de Fora, você pode pegar uma trilha no final da praia e chegar a Grumixama
Se você tiver bom condicionamento, ande pelas pedras um pouco e vá mergulhando até a Lagoa Azul. Apenas tome cuidado com os barcos e taxi boat
Se você tiver bom condicionamento, ande pelas pedras um pouco e vá mergulhando até a Lagoa Azul. Apenas tome cuidado com os barcos e taxi boat
Caso contrário, pegue a trilha de volta até a T4 e siga para Freguesia de Santana
Caso contrário, pegue a trilha de volta até a T4 e siga para Freguesia de Santana
Você chegará a igreja, geralmente fechada
Você chegará a igreja, geralmente fechada
E a pria de Freguesia de Santana
Siga para a praia, sentido lado esquerdo, e vá por uma trilha que chegará a praia da Baleia
Insista um pouco na trilha e chegará - a pé novamente, a Lagoa Azul. Assim, você não precisa pagar barco e curte do mesmo jeito
Insista um pouco na trilha e chegará – a pé novamente, a Lagoa Azul. Assim, você não precisa pagar barco e curte do mesmo jeito
Enseada do Saco do Céu e seus iates e lanchas
Enseada do Saco do Céu e seus iates e lanchas
Chegamos ao SorveLanches para provar o Kibe de Peixe
Chegamos ao SorveLanches para provar o Kibe de Peixe
Hugo, o cara que conhece muito no Saco do Céu
Hugo, o cara que conhece muito no Saco do Céu

Obs.: faltaram fotos com a Gata Russa e suas suítes 🙁

11° e 12° dias – SACO DO CÉU – FEITICEIRA – ABRAÃO

Enfim, chegada a hora de completar a Volta na Ilha Grande e chegar em Abraão para fechar com chave de ouro e subir o Pico do Papagaio. Mas o que não pegamos a viagem toda, resolveu aparecer: a chuva.

Ela nos acompanhou por todo restante. De Saco do Céu, em 30 minutos chega-se a Praia de Fora e do Pereque, passando entre as folhagens de mangues e o mar na praia de Caramiranga.

Depois você volta para a trilha e pode descer para Iguaçu. Em 10 minutos você chega a essa praia que, assim como Ubatubinha, tem uma casa e só. Inclusive, foi criado um píer da casa para o mar com a placa “Propriedade Particular”, obstruindo sua passagem pela areia. Agora a gente pergunta: E se alguém quiser passar e se machucar no píer, quem irá arcar com os custos médicos? Como fica o direito de acessibilidade nas praias? Esse píer não pode existir.

Outro ponto é que existia uma trilha que seguiria até a praia da Feiticeira e ela foi fechada com cerca e galhos de árvores, o que te faz voltar pela mesma trilha que desceu.

Em 40 minutos você está na Praia da Feiticeira, pequena, mas bastante movimentada pela proximidade da Vila de Abraão. Percebemos que muitas pessoas chegam a pé e pegam o taxi boat para voltar.

Tomamos um banho de mar e, descalço, pegamos o caminho de 30 minutos para a Cachoeira da Feiticeira. Tá aí um excelente ponto para encerrar os mais de 10 dias de Volta na Ilha, em uma cachoeira de 12 metros que você pode entrar em baixo e curtir também um poção gelado.

Energias mais do que renovadas, em uma hora, estaríamos de volta a Vila de Abrão. A chuva não deu trégua e tivemos que deixar o Pico do Papagaio para um outro momento. Ficamos um dia na Pousada do D’Pilel, com um café da manhã super completo, a R$ 96/pessoa em um quarto compartilhado para quatro.

O que sempre podemos recomendar é procurar o Hot Dog, no padrão RJ, com uva passa, ovo de codorna, beterraba…com a opção de salsicha a R$ 7 ou linguiça a R$ 10.

Completamos a Volta na Ilha Grande sempre respeitando o espaço de cada um, estando atento aos caminhos, nos surpreendendo pelas paisagens, tendo momentos reflexivos e vivências compartilhadas. Aproveitamos para agradecer a todos que cruzamos e nos ajudaram com informações e, claro, recomendar para que você também o faça, pois com certeza, faríamos novamente, uma experiência para além dos limites corporais: desafios, conhecimentos, vistas, paisagens, sensações, momentos que só podem ser captados a cada gota de suor vivenciada e, agora, inesquecível em nossas lembranças. Enfim, não precisamos de muito, uma mochila com que consegue carregar, disposição e amigos que aceitam essa empreitada, o restante, no caminho colhemos.

Mangue a caminho da Praia de Fora e do Perequê
Mangue a caminho da Praia de Fora e do Perequê
Trecho entre mar e mangue que, se tiver com a maré alta, rende boas aventuras.
A Praia da Feiticeira possui muitas opções de taxi boat para a Villa de Abraão
12 metros e a cachoeira da Feiticeira
12 metros e a cachoeira da Feiticeira
O Aqueduto foi construído no século XIX e servia para abastecer água do Lazareto, antigo local de quarentena dos imigrantes europeus.
O Aqueduto foi construído no século XIX e servia para abastecer água do Lazareto, antigo local de quarentena dos imigrantes europeus.
10 dias e 70k depois, obrigado Ilha Grande!
70k depois, obrigado Ilha Grande!

Bonus Track

Você pode ter cansado de ler (ou não!), mas vale a pena mais alguns minutinhos. Vamos lá

VOCÊ VAI ENCONTRAR

Você está em meio a mata, então animais e insetos estarão caminhando ao seu lado. Acostume e aprenda a conviver. Sempre próximo ao início e ao final da trilha, você vai ouvir muitos sons de bugios. Não o vimos, ao contrário de pequenos macacos e esquilos que você encontrará facilmente pelas trilhas, assim como grandes e variadas aranhas. As cigarras também estão presentes, mas com uma incidência muito grande ali perto do Camping do Bené. Muito diferente de Ilha Bela (SP), não há forte presença dos borrachudos, mas há pernilongos e repelente é item básico da sua mochila. E, claro, cobras: nós encontramos uma Coral (verdadeira ou não, deixaremos para sua conclusão). Foi logo após sair de Bananal, na T4.

Não somos conhecedores da flora, mas pelo caminho aproveite para observar cada detalhe como a figueira entre Passaterra e Jaconema com suas gigantes raízes expostas, os abacaxis na trilha de Araçatiba-Gruta do Acaiá, bambuzais e os constantes pés de jaca por todo caminho que você visitar.

ilha grande - voce vai encontrar (1)

ilha grande - voce vai encontrar (2)

ilha grande - voce vai encontrar (3)

ilha grande - voce vai encontrar (4)

ilha grande - voce vai encontrar (5)

ilha grande - voce vai encontrar (6)

ilha grande - voce vai encontrar (7)

AS TRILHAS OFICIAIS

O site ilhagrande.org.br é uma excelente fonte de pesquisa. Neste link você encontrará todas as “T”, que ligam os caminhos oficiais que você precisa estudar antes de iniciar a viagem!

Uma dica importante é que, assim que começa a praia de Provetá para Araçatiba em diante você pode seguir a trilha pelos postes de energia eletétrica que te acompanharão até a Vila de Abraão.

EQUIPAMENTOS

Qualquer grama a mais na mochila fará a diferença. Fomos em média com 10kg e acreditamos que é o limite, até porque há vários locais no caminho para você abastecer e evitar esforços desnecessários. Com as devidas divisões de peso entre os casais, levamos algo mais ou menos assim:

  • 3 camisetas
  • 3 bermudas
  • 2 sungas/biquinis
  • 3 cuecas/calcinhas
  • 3 pares de meia
  • 1 calça
  • 1 blusa ou camiseta manga longa
  • 1 repelente grande (compramos outro pequeno na viagem)
  • 1 protetor solar grande (compramos outro pequeno na viagem)
  • 1 lanterna por pessoa (talvez 1 por casal basta)
  • O livro do José Bernardo com mapa
  • 1 GPS
  • 1 par de tênis impermeável
  • 1 par de chinelos
  • 1 boné/chapéu
  • 1 barraca para 2/3 pessoas (por casal)
  • 1 colchão autoinflável por pessoa
  • 1 manta térmica
  • 1 travesseiro inflável
  • 1 canga
  • 1 bastão de caminhada por pessoa
  • 1 squeeze
  • Remédios (principalmente para dor como Salompas e picadas como Nebacetin e Band-Aid para bolhas)
  • Canivete e/ou facão
  • Snorkel e/ou óculos natação
  • 3 Barrinhas de proteína por pessoa
  • 200g de frutas secas e amêndoas por pessoa
  • Pães sírio com polenguinho
  • Pó de café
  • 1 isqueiro/fósforo
  • Itens de higiene pessoal
  • Máquina fotográfica (se tiver capa para mergulho aquático, melhor ainda)

Obs.: não há necessidade de pilhas e carregador, exceto para máquina fotográfica.

 

Mochilas de 40 litros são ideais para uma viagem assim
Mochilas de 40 litros são ideais para uma viagem assim
Tudo isso foi dividido em 2 mochilas + as comidas
Tudo isso foi dividido em 2 mochilas + as comidas
Obrigado José Bernardo!
Itens primordiais na viagem!

 

E, muito obrigado!

capa 2

 

Ficha técnica dos sons

1° dia: Viajante – Sá, Rodrix e Guanabyra

2° e 3° dias: Primavera nos Dentes – Secos & Molhados

PARNAIOCA  Dê um role – Novos Baianos

4° e 5° dias: A minha menina – Os Mutantes

6° e 7° dias: Rock da Barata – Jorge Mautner

8° e 9° dias: Eu não sei se mudaria – Made in Brazil

10° dia: Tempo nublado – Rita Lee

11° e 12 °dias: Gente Aberta – Erasmo Carlos

 Bonus Track

Fábio – Um certo capitão blue

Gal Costa – Hotel de Estrelas

Walter Franco – Coração Tranquilo

Jards Macalé – Mal secreto