Machu Picchu e a trilha do km 104 – dez/08

Há diversas formas para se chegar a Machu Picchu. A mais tradicional é a trilha dos quatro dias, caminhando horas e horas diariamente. Você também pode ir até a cidade de Águas Calientes (cidade-sede) e pegar um ônibus, sem esforço algum. Optamos por um meio termo: a do Km 104.

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Mas como? Existe?

Sim. Você pega o trêm de Ollantaytambo para Águas Calientes e desce na entrada do Caminho Sagrado Chachabamba (advinha em qual km? 104!). Estávamos na altura do forte Rio Urubamba. E iniciamos a subida rumo a Cidade Perdida.

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Duas cenas: ao pé do Rio Urubamba e já no meio da trilha, sob um penhasco e o rio ao fundo

Qual a distância até Machu Picchu?

São 14km, feitos em torno de oito horas morro acima, mascando folha de coca para garantir o fôlego e a respiração nas altas altitudes (média de 3.600m)

Entenda o caminho

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Logo no início temos a 1ª ruína, Chachabamba, uma das cidades incas que os espanhóis não chegaram na época da colonização.

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Para realizar a trilha, obrigatório tênis e calça, e muita disposição. A quantidade de escaleras é infinita. Mas a cada parada para foto, a recompensa. Principalmente quando se vê ao longe uma cidade no meio da montanha e, logo depois, poder invadir e suas ruínas, como Wina Wayna, vila construída para despistar os invasores, fazendo-os pensar que ali acabavam as cidades da trilha inca.

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Chegamos até a base do último dia dos peregrinos que optam pela trilha dos quatro dias. Dali, após mais e mais folhas de coca mastigadas, chegamos a Intipunku, a porta de entrada para Machu Picchu – um dos Patrimônios Cultural da Humanidade.

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A vista, exclusiva para quem realiza a trilha por esse lado, é a mais conhecida de cartões postais. A sensação se reflete e demonstra através de emoção. Vemos a dança das nuvens cobrindo e descobrindo Machu Picchu, essa cidade considera a ‘perdida dos incas’ e descoberta em 1911, pelo norte-americano Hiram Bigham.

A entrada é proibida se você tiver malas/mochilas grandes. Por isso, foi possível apenas algumas fotos e fomos embora. Voltamos no outro dia para desbravar. E é necessário 1 ou 2 dias para aproveitar bem Machu Picchu. E, claro, não descarte o guia!

Por suas vielas, você encontra uma cidade completa com igrejas, construções em geral, agricultura, tudo construído sob perfeição e mistério até hoje!

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A simetria das pedras, em construções religiosas também está presente em Machu Picchu. A posição de pedras para calcular o tempo e orientar para as colheitas. E, a possibilidade de visitar o morro de Huanay Picchu, com a vista contrária a tradicional (passeio apenas realizado pelo Rê).

Agora, faça um passeio pela cidade perdida dos incas ↓

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Ficamos hospedados em Águas Calientes, aproveitamos essa cidade charmosa, com restaurantes à base de truta e sopa (como muitos outros em todo Vale Sagrado).

Essa foi nossa penúltima parada por Peru. Próxima etapa: Puno, conhecer o lado peruano do lago Titicaca, antes de fazer a segunda etapa da viagem, na Bolívia. Vamos? Clique aqui

 

Cerimônia e Benção em Sacsayhuaman – dez-08

Antes da partida para Machu Picchu, após estar totalmente ambientado com as construções e cultura incas por todo Vale Sagrado, fomos pedir a benção para realizar a trilha do Km 104 que nos ligaria a Cidade Perdida.

A cerimônia religiosa foi realizado por um xamã, no meio das ruínas de Sacsayhuaman, em Cusco. O xamã, Pedro, abençoou a nós quatro para a trilha da purificação. Na oferenda a Pachamama, Wiracocha e aos Apus das Montanhas havia pelos de lhama, doces, vinho, ervas e outros elementos que, ao final, foram queimados.

A paz que Pedro passava nos deixou preparados para realizar a trilha, respeitando todos os nossos limites.

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Durante a benção, como havíamos combinado, pedimos para que o xamã realiza-se a nossa união matrimonial. Casamos ali, com nosso padrinhos Rê e Dani, podendo compartilhar esse momento eterno e repleto de muito amor! (ainda casaríamos mais duas vezes, no civil e em uma cerimônia de umbanda).

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Vale Sagrado – dez/08

São várias as opções para visitar o Vale Sagrado, um nome dado a localidade que agrega diversas cidades com a cultura inca. Nosso roteiro foi:

Chinchero

A primeira parada e o que se viu nela é o retrato de outros vilarejos: casas feitas com a base de pedras incas e a mistura com construções espanholas. A presença de cruz em um sincretismo religioso com a religião xamã sempre presente nas praças.

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A cidade é uma das sete províncias de Urubamba, que contempla ainda algumas cidades que visitamos: Urubamba, Ollantaytambo, Maras e Machu Picchu.

Maras

Visita à salinas, onde os trabalhadores tem ali o seu sustento. Compramos até um pacote de 500g de sal, a R$ 0,50 (em 2008).

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Moray

Foi o próximo destino, com o gigantesco sistema de agricultura, onde em cada ‘degrau’ se plantava um determinado alimento, que reageria da melhor forma devido a sua posição e clima. Mais uma vez a gente acaba se sentindo muito pequeno perto de tanta grandiosidade do trabalho realizado pelos povos incas.

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Para fechar essa localidade, temos a vista da Cordilheira Real e seus paredões de neve.

Moray

As Chincherias

O que nos chamou a atenção por todo o trajeto que fazíamos dentro desses vilarejos é um tipo de sinalização em cada porta. Trata-se das chincherias local onde se fabrica e comercializa a chincha, espécie de cerveja muito apreciada antigamente pelo povo inca e que ainda mantém a tradição. Feita a partir do milho é meio amarga. Vale a visita para fotos e, claro, uma saidera.
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Ollantaytambo

Para finalizar, um local incrível. O tamanho do paredão que cerca a cidade de Ollantaytambo mostra a imponência e estratégia dos incas. As casas são meros detalhes perto da fortaleza militar construída estrategicamente nas montanhas. Na história, seria muito difícil a conquista daquela localidade pelos espanhóis, já que os incas estariam bem localizados prontos para o contra-ataque. Seria, mas não durou muito. Em Ollantaytambo é possível ver também similares sistemas de agricultura de Moray.
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Por todo vale encontra-se as crianças pelas ruas, as vezes pedindo dinheiro, mas também dando a oportunidade de um contato e uma pequena prosa. Tudo ali é mágico pela capacidade de desenvolvimento de uma sociedade há tanto tempo, agregada as singulares atrações naturais.

Vale-Sagrado

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Machu Picchu

Quer ir pra lá? Vem com a gente, de uma forma diferente, dormindo em Ollantaytambo, pegando o trêm, descendo no meio do caminho e….clique aqui.

Agora se você quiser ver antes como foi uma cerimônia matrimonial e benção para o caminho que teríamos por Machu Picchu, clique aqui!