Psicodalia 2015

Em 2014 comecei a pesquisar uma viagem diferente para o próximo ano. Encontrei “Um lugar legal pra mim dançar e me escabelar. Tem que ter um som legal. Tem que ter gente legal e ter Cerveja barata”, a letra de Júpiter Maçã feita há muito tempo já parecia prever! E o lugar legal seria o Psicodalia, um festival que respira rock, arte e a vida.

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Juntar amigos na mesma pegada não foi difícil: Dú, Carlota, Gabi e Mariano abraçaram a causa comigo e o Rô. Saímos de Jundiaí e, após 10 horas de estrada, chegamos na Fazenda Evaristo, Rio Negrinho-SC.

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“A vida é feita de pedaços do céu, Hei man, pobre de que, não teve o seu”, e encontramos o nosso pedaço gramado pra montar a barraca, a trilha sonora, Ave Sangria no palco Lunar, começando às 23h, momento de nossa chegada. Depois de montar a barraca, curtimos o Bis e fomos descansar em êxtase. Mas ainda tínhamos que juntar a trupe, que chegaria por volta das 6h da manhã e, com uma sintonia permitida apenas para poucos e em poucos locais, nos encontraram em meio a tantas outras barracas sob chuva!

Se você gosta de música, tá no lugar certo. O som começa a rolar às 13h, seja na rádio Kombi, nas barracas e no Palco do Sol, no banheiro ou no restaurante. A música dita seu ritmo até começar os shows principais no palco Lunar. E para os fortes, o palco dos Guerreiros puxando o sol (no nosso caso ele não apareceu) e clareando o dia. Às 7h é hora do silêncio.

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A fazenda é linda, muito verde e bem estruturada. Banheiros separados para os números 1 e 2, chuveiros quentes espalhados por todos os campings. Apesar de que poderia dar uma ampliada nos chuveiros e a galera poderia se conscientizar e agilizar no banho. A moeda que vale é a Dália, um cartão trocado em guiches 1×1 com o Real, com dinheiro ou cartão de crédito.

“Vou descendo por todas as ruas e vou tomar aquele velho navio. Eu não preciso de muito dinheiro graças a Deus…” porque a galera comeu muito bem. O prato de macarrão à bolonhesa a R$ 8, assim como um generoso pedaço de pizza, o lanche a R$6, o chopp pilsen a R$6, chopp bucanera a R$8, a latinha de Brahma a R$4,20, água refil a R$0,80.

Se você não quiser desembolsar R$5 em um copo personalizado do Psicodália, leve o seu. Nada é servido em vidro ou copo descartável. Lá, cada um cuida do seu. Aliás, o lixo é separado entre orgânico e reciclado e dificilmente se via lixo no chão. A galera leva a sério o respeito com a natureza e a organização do festival mandou bem na equipe de limpeza.

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Choveu muito. Graças aos nossos amigos Gabriele e Mariano, nosso QG estava equipado com fogão, mesa e uma tenda. Curtimos muito nosso espaço porque a chuva não deu trégua. O meninos mandaram bem na “Tenda Truck”, com um rango sempre saindo no café da manhã e a tardezinha. Taí uma dica se você curte acampar com o mínimo de praticidade e conforto: leve fogão. E, no Psicodália, é permitido entrar com comida e bebidas. Dentro do festival é vendido gelo, o saco de 3k custava R$10 (caro!). Como a cidade fica só a 7km do sítio, muitos faziam comprar nos mercados locais, vale a pena.

Os shows são o auge do festival. Você percebe que não há uma correria para não perder determinado show aqui ou ali. O tempo passa mais devagar. Todos aproveitam ao seu modo, seja de frente ao palco, na barraca ou mandando um macarrão para dentro no refeitório.

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Delícia ver famílias com crianças pequenas, amigos, casais, jovens, velhos curtindo o verde, o lago, as músicas, oficinas, teatro e cinema. Tem de tudo, tem pra todos porque “louco é quem me diz, e não é feliz, não é feliz”.

Nem preciso dizer que fechamos com o grande Arnaldo Baptista, apesar de que é difícil falar essa palavra: “fechar”. Tudo ali foi e é um ciclo de vivência, reciclagem, experimentação, sensações, com uma trilha de anônimos, Jards, Orquestras, Joelhos, Babys, e você!

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