Sal nas Alturas – Deserto de Uyuni – jan/09

Uma viagem de 10 horas, de ônibus, de La Paz/Uyuni, sendo sete em estrada de terra na tremedeira total. Vale tomar Dramin. Capote, hiberne, que valerá mais a pena. Quando se chega ao destino é hora de pegar o 4×4 e entrar no Salar de Uyuni, a maior planície salgada do mundo. Consulte bem uma agência de viagens local para fazer o passeio e se hospedar no meio do salar.

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Neste momento você estará a 3.650 de altitude. Mas antes de entrar no deserto, o passeio te leva a uma localidade onde é possível ver o trabalho final da extração de sal, uma refinaria com todo o processo de embalagem de ensacamento, além de algumas estruturas em sal, de desenho de animais. Tudo, daqui para frente, exceto o carro, é de sal. E muita brincadeira!

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O Salar de Uyuni, no verão, tem muita água. Portanto, é outro tipo de curtição. Quando é inverno, pega-se o deserto seco e “rachado”, parecendo nosso sertão nordestino. Com a água, o jogo de imagens é perfeito para foto. Paramos em um museu, onde todos os 4×4 ficam para passar o dia. De repente descobrimos que seria o local de pernoite.

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Parede, cama, mesa, cadeira; tudo de sal. Almoçamos no meio do museu/hotel, enquanto os outros turistas conheciam o local. De repente, final de tarde, e somente nós e mais um grupo de poucas pessoas. O silencio e o por do sol, tomando uma “gelada”. Lá, no restaurante do hotel, a cerveja fica no balcão.

No hay ni agua

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Portanto, banho não tem. Ali começava uma aventura de três dias sem banho. Lembre-se, então que você vai ficar cheio de saco, na roupa e tudo mais. Leve lencinho umedecido. Dificilmente a imagem do Salar se superará. Único. Nessa visita do Salar, o roteiro ainda passa em um cemitério de trens.

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E se não bastasse

Não ficamos três dias no Salar, mas esse foi o tempo total sem banho, pois partimos para o Altiplano Boliviano, o Deserto de Siloli, um lugar de lagos coloridos e outras aventuras. Veja aqui.

 

Cimento e Neve na Capital Boliviana – jan/09

Faz mala, defaz mala… E rumo para La Paz. Apenas quatro horas de ônibus de Copacabana, com direito a uma balsa e a chegada a capital boliviana que parece estar cercada em um vale. De cima, só cimento se vê. Há alguns passeios que valem a pena para ter a visão geral da cidade, inclusive do estádio Hernando Siles, a 3.600 de altitude.

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O que fazer na capital?

Um city tour básico pelo centro histórico resume La Paz: estádio, Centro com Rua das Bruxas e o Vale da Lua. O Vale é um sítio arqueológico que leva o nome devido as formações rochosas que parecem o solo da lua. A Rua das Bruxas possui a excentricidade de itens para chás, oferecendas… Para fazer compras a região central é ideal: barato e bom.  Para conhecer o estádio, demos sorte (e gorjeta) a um funcionário que liberou a entrada no campo.

E a Pista de Esqui?

Em El Alto, uma cidade vizinha grudada à capital, tem o morro do Chalcaltaya, uma antiga estação de esqui. Hoje não é mais porque faz muita pouca neve.

Fomos de carro até a base a 5.500 metros de altitude. De lá, subimos  a pé apenas 300 metros em 40 minutos. Por causa da altitude, durante o trajeto é comum sentir falta de ar, tontura e enjôos. Por isso, tome o remedinho milagroso – Soroche – tenha foco e acredite ser possível chegar. Veja as fotos!

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Um deserto de sal?

Depois de quase 15 dias de viagem, que começou no Peru (veja mais aqui), fomos para o Salar de Uyuni, um deserto de sal. Mas aí é história para outro post. Clique aqui (se quiser).

 

Bolívia, o início pelo Titicaca – jan/09

Após sair de Puno (Peru) e fizemos uma viagem de 6 horas a partir de Cusco e chegamos a Copacabana, o lado boliviano do lago Titicaca. De lá, partimos para uma ótima aventura. Fomos conhecer a Ilha do Sol.

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A parte sul da Ilha é onde fica a comunidade de Yumani. Sobe-se mais escaleras até a fonte da juventude. Como era final de tarde, pernoitamos. Somente nós e o guia. Mais um pouco de chá de coca e um jantar para descansar.

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Se você gosta de foto, mais um bom lugar para fazer vários registros do lago.

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Andamos a ilha de ponta a ponta. Demos azar, pois choveu, mas foi possível visitar algumas ruínas, inclusive um altar de sacrifícios, um labirinto inca e a formação rochosa que tem o desenho da cara de um puma. O passeio vale a pena, pois é possível ver a mistura de cores do chão da ilha com o verde do rio.

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Estendemos o passeio, após essa trilha, para uma visita a Ilha da Lua. (Para isso, negociamos com o barqueiro. Portanto, fique atento para conhecer esse local pouco visitado). A ilha está abandonada, mas na época inca era o local onde se encontrava o templo das Virgens do Sol, mulheres que estavam reservadas aos reis incas, e garantiu algumas fotos.

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De volta para Copacabana, subimos o Morro do Calvário. A 4.100 metros de altitude, um escada natural te faz passar pelos 14 pontos que simbolizam a Via Crucis. Difícil. Aliás, bem difícil. Ao chegar, há um reflexo evidente do sincretismo religioso com oferendas por todo o Calvário e homenagens e agradecimentos a Virgem de Copacabana, santa protetora da cidade. Todo o esforço é compensado com a vista e o por do sol.

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O último dia de Copacabana serviu para presenciar mais um pouco do sincretismo, com a visita a Igreja de Nossa Senhora de Copacabana, com a porta talhada de imagens da religião católica e o xamanismo. Nas ruas defronte a igreja, vimos a benção dos carros. Padres e xamãs abençoam os carros recém adquiridos pelos seus donos, pedindo muita proteção e sorte. A variedade de doces e massas doces e salgadas nas barraquinhas de camelô é uma ótima pedida, assim como uma bebida a base de ovo e cerveja preta. Para finalizar, um almoço – com carne vermelha, acredite – e cerveja Bock, que tem como slogan ‘Solamente para hombres’.

 

O Titicaca Peruano – jan/09

Puno foi a última cidade que visitamos no Peru. Foi um bom trajeto pelo país, que começou em Lima, passou por Nazca, Cusco, Vale Sagrado e Machu Picchu. Para chegar a Puno, pegamos ônibus saindo de Cusco. A localidade é bem pequena, com opção de passeio para a Ilha Taquile e Ilha de Uros.

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Uros, como muitas das atrações já vivenciadas pela gente em todo o passeio, surpreende pela curiosidade. Na verdade, trata-se de um arquipélago artificial construído com sobre uma planta típica chamada de totora, que é entrelaçada sobre um tipo de xaxim, que permite que a ilha flutue.

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O passeio de barco para em uma dessas ilhas. O guia explica a história deste povoado que vive no arquipélago, a forma de sobrevivência, com plantações de batata ao redores das ocas formadas também por totora.

As famílias vão crescendo entre si, onde casais se formam as vezes até entre membros da própria família. E vão se expandindo criando mais e mais ilhas. A cada tempo, os moradores precisam trocar toda a totora, pois ela não se sustenta por muito tempo e começa afundar.

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Nossa despedida é feita pelos nativos cantando “Vamos a La playa…ô ô ô ô”. Tudo isso, sobre o lago Titicaca, o mais alto navegável do mundo, que divide dois países, Peru e Bolívia, a 3.800 metros de atitude.

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A próxima parada é a Ilha de Taquile. Uma ilha simples, que garante boas fotos do lago e uma excelente refeição, com truta, claro. Para fechar, uma festa com os nativos dançando e tocando música, com os turistas participando e interagindo.

Detalhe: todo o artesanato da ilha é fabricado pelos homens. Fim do Peru e mais uma viagem de ônibus, arruma a mala, desfaz a mala e chegamos em Copacabana, Bolívia. Vamos? Clique aqui!

 

Machu Picchu e a trilha do km 104 – dez/08

Há diversas formas para se chegar a Machu Picchu. A mais tradicional é a trilha dos quatro dias, caminhando horas e horas diariamente. Você também pode ir até a cidade de Águas Calientes (cidade-sede) e pegar um ônibus, sem esforço algum. Optamos por um meio termo: a do Km 104.

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Mas como? Existe?

Sim. Você pega o trêm de Ollantaytambo para Águas Calientes e desce na entrada do Caminho Sagrado Chachabamba (advinha em qual km? 104!). Estávamos na altura do forte Rio Urubamba. E iniciamos a subida rumo a Cidade Perdida.

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Duas cenas: ao pé do Rio Urubamba e já no meio da trilha, sob um penhasco e o rio ao fundo

Qual a distância até Machu Picchu?

São 14km, feitos em torno de oito horas morro acima, mascando folha de coca para garantir o fôlego e a respiração nas altas altitudes (média de 3.600m)

Entenda o caminho

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Logo no início temos a 1ª ruína, Chachabamba, uma das cidades incas que os espanhóis não chegaram na época da colonização.

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Para realizar a trilha, obrigatório tênis e calça, e muita disposição. A quantidade de escaleras é infinita. Mas a cada parada para foto, a recompensa. Principalmente quando se vê ao longe uma cidade no meio da montanha e, logo depois, poder invadir e suas ruínas, como Wina Wayna, vila construída para despistar os invasores, fazendo-os pensar que ali acabavam as cidades da trilha inca.

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Chegamos até a base do último dia dos peregrinos que optam pela trilha dos quatro dias. Dali, após mais e mais folhas de coca mastigadas, chegamos a Intipunku, a porta de entrada para Machu Picchu – um dos Patrimônios Cultural da Humanidade.

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A vista, exclusiva para quem realiza a trilha por esse lado, é a mais conhecida de cartões postais. A sensação se reflete e demonstra através de emoção. Vemos a dança das nuvens cobrindo e descobrindo Machu Picchu, essa cidade considera a ‘perdida dos incas’ e descoberta em 1911, pelo norte-americano Hiram Bigham.

A entrada é proibida se você tiver malas/mochilas grandes. Por isso, foi possível apenas algumas fotos e fomos embora. Voltamos no outro dia para desbravar. E é necessário 1 ou 2 dias para aproveitar bem Machu Picchu. E, claro, não descarte o guia!

Por suas vielas, você encontra uma cidade completa com igrejas, construções em geral, agricultura, tudo construído sob perfeição e mistério até hoje!

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A simetria das pedras, em construções religiosas também está presente em Machu Picchu. A posição de pedras para calcular o tempo e orientar para as colheitas. E, a possibilidade de visitar o morro de Huanay Picchu, com a vista contrária a tradicional (passeio apenas realizado pelo Rê).

Agora, faça um passeio pela cidade perdida dos incas ↓

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Ficamos hospedados em Águas Calientes, aproveitamos essa cidade charmosa, com restaurantes à base de truta e sopa (como muitos outros em todo Vale Sagrado).

Essa foi nossa penúltima parada por Peru. Próxima etapa: Puno, conhecer o lado peruano do lago Titicaca, antes de fazer a segunda etapa da viagem, na Bolívia. Vamos? Clique aqui