A Foz do Rio Parnaíba é formada por vários canais, que leva o nome de Delta.
A cidade de Tutóia, uma das portas para realizar o passeio para o Delta do Parnaíba, não oferece nada para turistas. Chegamos na cidade nesta rural da foto acima, vindo de Barreirinhas. Ficamos preocupados em encontrar passeios e adiantamos um dia para chegar até lá. Ficamos no Hotel Tremembés, do Cacau. Recomendação do próprio cara do 4×4. Aliás, esse Cacau é bem conhecido, mas assim como bons maranhenses, era difícil de conversar. Parece que eles falam para dentro e não resolvem a situação na hora. Após dois dias tediosos e as vezes até com medo, pois a cidade é um pouco suja e parecíamos ‘ET´s’, ligamos pro Josias Brandão. Esse cara a gente descolou através de um blog e foi com ele que fizemos o passeio.
— Passeio de barco para o Delta: R$ 250,00 o barco para até 6 pessoas com direito a melancia e águas. O Josias (98 – 9601-5540) é um puta cara. Nativo, é um guia natural. Conta as histórias da cidade de Tutóia, as injustiças políticas e tudo o que você quiser saber sobre o turismo local. Ele nos levou para os seguintes pontos:
– Ilha do Cajueiro: abandonada pela família do tal do Cacau, é só uma parada para ver o antigo restaurante que ali funcionava, mas que o rio foi invadindo.
– Ilha do Caju: gigante a ilha conta com dunas entre o mar e o rio Parnaíba. Essa vale a pena passear pelas dunas e mergulhar no rio em frente.
As dunas da Ilha do Caju, entre o Rio e o mar. Pertencente a uma familia
de ingleses, hoje não é aberta para hospedagem de turistas. Esse local é
apenas uma pequena parte da Ilha
– Ilha de Coroatá: parada para almoço com a Tia Rita. Pedimos um camarão, que veio bem servido, e deu para três pessoas. Tem redes para descansar. Aliás, seu filho – Neto – diz que a intenção é construir um espaço para hospedagem. Ele disse que já dá para abrigar, mas apenas nas redes. Segue contato: ilhadocoroata@hotmail.com. 98- 9995-5725 e 9616-5725.
Antes de iniciar o passeio, já é feita a reserva do almoço para a essa parada
na Ilha de Coroatá. Depois, é possível tirar um cochilo em uma das redes.
– Revoada dos Guarás: a última parada é a revoada para ver esse lindos pássaros vermelhos. Se tiver uma lente de máquina profissional vale a pena pegar belas imagens. E se o sol ajudar as cores ficam bem melhores. Se tiver sem essa máquina, observe o balet delas no ar ou filme.
– Igarapés: para fechar com chave de ouro, Josias levou a gente por um acesso de igarapés na qual vimos garças azuis marinhos.
Nos igarapés, além do belo visual, é possível encontrar garça azul-marinho
Dicas:
— peça para ele para ver o berçário de cavalo-marinho
— se der, veja se há catadores de carangueijos. Se tiver, pare ao lado de um dos barcos e veja a quantidade. Peça para ele contar como é feito todo o comercio e quem são hoje os trabalhadores ali, pois muitos vieram da época que Tutoia abrigava uma salineira e contava com muitos trabalhadores. Com o declínio, esses trabalhadores optaram pela pesca e afins.
— A comida é horrível por lá. Buscamos até umas padarias, para fugir da ‘qualidade’ gastronômica local.
— Onibus Tutóia-São Luis: R$ 48,00 pela Viação Transbrasiliana. 7 horas de viagem. O Ar condicionado pingava no nosso banco. Deu tempo de mudar, antes de lotar. Aliás, vale a experiência de pegar os nativos entrando e enchendo o ônibus com toda a família e praticamente uma mudança inteira na bagagem.
— A rodoviária é bem no centro de Tutoia. Dá pra ir a pé do hotel até lá.
Hospedagem
— Hotel Tremembés: R$ 60,00, com ventilador e café. Mas o ventilador faz muito barulho. Se der, opte por uma pousada logo ao final da rua desse hotel. Visualmente, parece melhor.
Guarde bem o rosto do Josias. Procure por ele pois valerá a pena realizar o passeio com esse nativo que defende a preservação do local com muito amor e varias histórias.