em 4 cantos

De carro para Bahia – Caraíva – dez/09-jan/10

Até Caraíva levamos um total de 24 horas, saindo de Jundiaí-SP. O caminho é tranquilo, indo pela Dutra, passando pela Serra das Araras, chega-se ao Rio e é só pegar a direção para a Ponte Rio-Niterói, em busca da BR-101. Você pode optar pela região dos lagos, mas tínhamos o foco. Só paramos em Guarapari-ES (após 12 horas de estrada). O trajeto até lá também foi bem sossegado, com muita pista única, porém nada preocupante, mesmo com alguns treminhões pelo caminho.

Guarapari tem a praia principal, muito movimentada, mas o que vale a pena são as praias mais afastada da muvuca. Como só paramos para descansar, valeu o final de tarde para acordar cedo, direto para Caraíva.

Caraíva é uma distrito de Porto Seguro, há uma entrada pela BR-101, e depois uma estrada linda, e longa – 47km. Chega-se a um estacionamento, pega um barquinho que atravessa uma margem de uns 100m, apenas. A vilinha é um charme, toda de areia fofa. Igrejinha, dois barzinhos que funcionam na alta temporada revezando a baladinha noturna.

Pessoal geração saúde. Um fator positivo para a refeição do dia, quando pagávamos R$ 10,00 em um PF (que vinha como executivo), com filet de peixe grelhado e um feijão espetacular. Em Caraíva, vende-se um pastel de arraia com queijo cremoso. Perfeito pedido para um lanchinho da tarde.

A praia da vila fica isolada, com um mar mais agitado. O calor constante te leva a aproveitar o rio geladinho.

No primeiro dia, na cara e coragem, pegamos a praia sentido sul e fomos até a Ponta do Corumbau. 12km de ida que não tínhamos a ideia da distância e, claro, do cansaço. No caminho, como se tivesse programado, um caboclo que vendeu um coco, natural, a R$ 2,00. Para chegar a Corumbau, passamos até por meio de um rio, com a mochila em cima da cabeça. Cansou tanto, que nem deu para aproveitar o local e voltamos de barco. R$ 80,00, o mesmo preço que seria um passeio completo, ida/volta.

Ainda visitamos uma das praias mais bonita do Brasil: a do Espelho. Fomos de carro e economizamos os, também, R$ 80,00 do passeio, em um trecho de 15 minutos de carro. Muito bonito, mas muito caro. O coco que era R$ 2 foi pra R$ 7. Mas vale a visita a essa praia considerada a uma das mais bonitas do Brasil, com várias falésias.

Vale muito conhecer Caraíva, principalmente em casal para curtir o visual das praias e o clima romântico da noite.

Din Din

Pousada Taynã

Pacote 7 dias até carnaval: R$ 490,00, com café da Manhã

(veja fotos ao final)

Passeios

Ponta do Corumbáu ou Espelho: R$ 40,00 por pessoa

Refeição

— PF, R$ 10,00 – dá para dois

— Pastel de Arraia: R$ 4,00

Estacionamento

— R$ 5,00 por dia

A primeira vez…em Buenos Aires – jul/09

Em 2009, foi a primeira vez que fomos para Buenos Aires, em um mês de julho, frio, bastante! E ainda era feriado (9 de julho), deixando a cidade vazia, mas mesmo assim foi possível curtir os atrativos turísticos.

Não sabe falar o “argentino”?

Realmente eles falam muito rápido, mas é possível entender o básico e se virar. Não se preocupe em falar portunhol. O que for dito irá te levar ao destino.

Os taxis

Escolha sempre os oficiais (seja nos guichês/pontos seja pela identificação na porta lateral com números). Evite de fazer troca grande de dinheiro como 100 pesos.

Caminhando pela região turística

As avenidas são largas. As ruas são planas. A Av. de Julho pode te orientar por vários atrativos, como o Obelisco, inaugurado em 1936 em comemoração ao 4° Centenário de Buenos Aires.

A Calle Florida é a rua das compras. Divirta-se, mas os produtos nem sempre valem a pena na conversão peso/dolar/real. Portanto, as melhores escolhas recaem para alguns produtos específicos como as blusas de kashmir ou de couros. Já se você quiser curtir um pouco mais da arquitetura, vá até a Galeria Pacífico, um shopping que funciona em um prédio histórico construído em 1889.

A Plaza de Mayo é um dos locais mais característicos para a concentração dos argentinos quando há protestos e também onde encontramos diversos atrativos turísticos. É nela que fica a Casa Rosada, sede da República Argentina, e outros atrativos indicados abaixo.

A Catedral Metropolitana é a 1ª Igreja Católica da cidade, fundada no séc. XVI, com sua fachada exibindo 12 colunas que representam os 12 apóstolos. No interior está um mausoléu de mármore que guarda os restos do general San Martín. (foto principal deste post)

A Pirâmide de Mayo representa a liberdade, quando iniciou o processo de independência, conquistada em 9 de julho de 1816.

Cabildo: construção arquitetônica espanhola que abrigou 1° Conselho Municipal e foi o epicentro da Revolução de Maio.

Hotéis

Ficamos no Hotel Parque Chateu Unique Hotel, localizado na Rua Talcahuano, a duas quadras da Av. 9 de Julho. Perfeito. Simples, com um bom café da manhã.

Indo para Puerto Madero

Tanto a pé, seguindo pela Casa Rosada, ou de taxi se chega a Puerto Madero, um região na orla do rio com diversos restaurantes. É lá que temos a “Puente de La Mujer”, representando um casal dançando tango, onde o mastro é o homem e a silhueta da curva da ponte é a mulher.

Onde comer

Seguimos as constantes indicações para provar o “rodízio” de carnes na turística Siga La Vaca. Compensa pelo valor, pela fartura, mas não voltaria. A variedade de cortes é bem diferente, com diversas partes que a gente não costuma comer. É preciso garimpar. Recomendo pegar qualquer restaurante a la carte.

Aproveitando, em nossa rua (Talcahuano) tem uma pizzaria, a mais antiga de Buenos Aires, desde 1934, e não muito frequentada por turistas – El Cuartito, com decoração repleta de quadros de tango, esporte e cinema. E a pizza é muito boa.

Outra indicação é El Sanjuanino, um local tanto para provar as empanadas quanto para uma boa refeição. O restaurante foi fundado em 1967.

Obrigatória passagem por turistas, o Café Tortoni foi inauturado em 1858. É o mais antigo de Buenos Aires, famoso por concentrar artistas como Carlos Gardel, tem espetáculos e jantares (caros) com tango, mas é possível visitar, tomar um café, almoçar, jantar…

La Boca+ San Telmo

Se você estiver no centro, pode alugar uma bicicleta e ir para o Caminito de bicicleta passando por San Telmo, senão qualquer taxi te leva facilmente.

Em La Boca, visitar o estádio é interessante, mesmo para quem não é apreciador de futebol. A imponência da arquitetura e das arquibancadas próximas ao campo. Aliás, as medidas do campo são as mínimas permitidas pela Fifa. O estádio tem capacidade para 49 mil torcedores.

O bairro foi construído por estivadores e, uma pequena rua – Caminito – tem como marca as casas coloridas, lojas de artesanato, exposições de quadros e shows de tango ao ar livre. Sem contar com a variedade de restaurantes.

Já em San Telmo é o paraíso das antiguidades. Percorra com calma a Plaza Dorrego e, se tiver tempo, curta um final de tarde em um dos café, restaurante ou bares. Interessante é lembrar que o bairro abrigava muitos ricos e teve uma emigração para o bairro da Recoleta (hoje um dos mais nobres) devido a uma epidemia de Febre Amarela.

Recoleta Fúnebre?

Pode ser, se você visitar apenas o Cemitério, que reúne túmulos de personalidades como Eva Perón, que se tornou a 1ª dama da Argentina em 1946. O interessante é que os caixões ficam expostos nos mausoléus.

Mas o bairro tem vários atrativos (entre eles o San Juanino, restaurante comentado acima( e a Praça da Recoleta que, aos sábados e domingos, acontece a feirinha de artesanato.

E passear pelo bairro é bem interessante. A pé, de preferência, para observar a arquitetura no estilo francês do século XIX.

A Maior Livraria

Já que você estará perto da Av. 9 de Julho (e mesmo que não esteja), visite a “El Ateneo”, a maior livraria da América Latina, montada em um antigo teatro. Vá, e depois nos conte!

Quiosquos

Por toda Buenos Aires você encontra os quiosquos, que são lojas de conveniência. É onde encontrará alfajor. Eu prefiro da marca Valquita, são mais recheados. E tem aqueles com 3 camadas, também menos secos.

Buenos Aires é um destino fácil de se concluir na sua lista de viagem. Se você gosta de comer bem, apreciar arquitetura, tomar um bom vinho, com valores acessíveis, arrume a mala e boa viagem!

Viagem pelas Cores do Deserto Boliviano – jan/09

Depois de construções misteriosas, montanhas-paredões, cidade perdida, lago mais alto navegável do mundo, planície salgada maior do mundo, neve, fechamos a viagem pelo Altiplano boliviano.

Dois dias de estrada para se aventurar pelo deserto empoeirado em que surgem imagens incríveis, no Deserto de Siloli.

Lagoa azul, colorada, verde, branca. A cada km e km rodados, uma nova descoberta que compunham um jogo de cores nas fotos. Elas por si só demonstram a realidade.

Uma formação de rocha vulcânica perdida no meio do deserto aparece em formato de árvore, esculpida pelo vendo dos Andes. E lhama. Haja lhamas para fotografar. É impossível ficar sem blusa. A qualquer momento.

A per noite aconteceu em um abrigo, que antigamente era usado para exploradores de minério, trabalhadores. A noite tivemos o pressentimento da presença de espíritos. Talvez, sofrendo ainda. E tudo a -15C.

Para finalizar, curtimos o Sol de la Mañana, uma área de geysers – gases que saem do solo expelindo fumaça e lançando aquele cheiro de enxofre desagradável.

Valeu tudo. Repetiríamos muito facilmente a viagem, quem sabe de carro, em uma outra época do ano!

Sal nas Alturas – Deserto de Uyuni – jan/09

Uma viagem de 10 horas, de ônibus, de La Paz/Uyuni, sendo sete em estrada de terra na tremedeira total. Vale tomar Dramin. Capote, hiberne, que valerá mais a pena. Quando se chega ao destino é hora de pegar o 4×4 e entrar no Salar de Uyuni, a maior planície salgada do mundo. Consulte bem uma agência de viagens local para fazer o passeio e se hospedar no meio do salar.

Neste momento você estará a 3.650 de altitude. Mas antes de entrar no deserto, o passeio te leva a uma localidade onde é possível ver o trabalho final da extração de sal, uma refinaria com todo o processo de embalagem de ensacamento, além de algumas estruturas em sal, de desenho de animais. Tudo, daqui para frente, exceto o carro, é de sal. E muita brincadeira!

O Salar de Uyuni, no verão, tem muita água. Portanto, é outro tipo de curtição. Quando é inverno, pega-se o deserto seco e “rachado”, parecendo nosso sertão nordestino. Com a água, o jogo de imagens é perfeito para foto. Paramos em um museu, onde todos os 4×4 ficam para passar o dia. De repente descobrimos que seria o local de pernoite.

Parede, cama, mesa, cadeira; tudo de sal. Almoçamos no meio do museu/hotel, enquanto os outros turistas conheciam o local. De repente, final de tarde, e somente nós e mais um grupo de poucas pessoas. O silencio e o por do sol, tomando uma “gelada”. Lá, no restaurante do hotel, a cerveja fica no balcão.

No hay ni agua

Portanto, banho não tem. Ali começava uma aventura de três dias sem banho. Lembre-se, então que você vai ficar cheio de saco, na roupa e tudo mais. Leve lencinho umedecido. Dificilmente a imagem do Salar se superará. Único. Nessa visita do Salar, o roteiro ainda passa em um cemitério de trens.

E se não bastasse

Não ficamos três dias no Salar, mas esse foi o tempo total sem banho, pois partimos para o Altiplano Boliviano, o Deserto de Siloli, um lugar de lagos coloridos e outras aventuras. Veja aqui.

Cimento e Neve na Capital Boliviana – jan/09

Faz mala, defaz mala… E rumo para La Paz. Apenas quatro horas de ônibus de Copacabana, com direito a uma balsa e a chegada a capital boliviana que parece estar cercada em um vale. De cima, só cimento se vê. Há alguns passeios que valem a pena para ter a visão geral da cidade, inclusive do estádio Hernando Siles, a 3.600 de altitude.

O que fazer na capital?

Um city tour básico pelo centro histórico resume La Paz: estádio, Centro com Rua das Bruxas e o Vale da Lua. O Vale é um sítio arqueológico que leva o nome devido as formações rochosas que parecem o solo da lua. A Rua das Bruxas possui a excentricidade de itens para chás, oferecendas… Para fazer compras a região central é ideal: barato e bom. Para conhecer o estádio, demos sorte (e gorjeta) a um funcionário que liberou a entrada no campo.

E a Pista de Esqui?

Em El Alto, uma cidade vizinha grudada à capital, tem o morro do Chalcaltaya, uma antiga estação de esqui. Hoje não é mais porque faz muita pouca neve.

Fomos de carro até a base a 5.500 metros de altitude. De lá, subimos a pé apenas 300 metros em 40 minutos. Por causa da altitude, durante o trajeto é comum sentir falta de ar, tontura e enjôos. Por isso, tome o remedinho milagroso – Soroche – tenha foco e acredite ser possível chegar. Veja as fotos!

Um deserto de sal?

Depois de quase 15 dias de viagem, que começou no Peru (veja mais aqui), fomos para o Salar de Uyuni, um deserto de sal. Mas aí é história para outro post. Clique aqui (se quiser).